Além de João Batista Aquino, autor de dois crimes de estupro descoberto e preso nesta segunda (23), o Instituto de Pesquisa e DNA Forense (IPDNA) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou outros 92 estupradores em série.

Segundo o diretor do IPDNA, Samuel Ferreira, os agressores violentarem 272 vítimas ao longo dos últimos 22 anos.

O registro do boletim de ocorrência e o exame de corpo delito são fundamentais para o êxito das investigações e para a identificação dos criminosos.

“A tecnologia de bancos de perfil genético possibilita identificar o estuprador em série porque ele deixa vestígios em crimes diferentes. É a partir desses vestígios deixados pelo agressor no corpo da vítima que são realizados exames de DNA”, explicou o diretor.

O banco de perfil genético da PCDF está integrado nacionalmente. O Distrito Federal já teve mais de 10 casos de prática criminosa de um só autor em diferentes estados.

Identificação do acusado

O último estuprador identificado no DF foi autor de dois crimes de estupro com roubo ocorridos em Ceilândia e Cruzeiro, graças à atuação da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I) e do Instituto de Pesquisa e DNA Forense (IPDNA).

Os crimes ocorreram em 2014 e 2019. O homem de 37 anos já está preso temporariamente.

Segundo as investigações, o criminoso invadiu as casas de madrugada, abusou sexualmente das vítimas e roubou seus celulares antes de fugir.

Em ambos os casos, exames detectaram material biológico masculino, que foi analisado pelo IPDNA.

O perfil genético revelou que os dois crimes foram cometidos pela mesma pessoa. Na época do primeiro crime, em 2014, não havia nenhuma correspondência no banco de dados de DNA.

Mas como o perfil ficou cadastrado, após o segundo, alguns anos mais tarde, houve uma coincidência de material genético que possibilitou a polícia a encontrar o acusado.

“Por meio dos exames de DNA e do banco de dados de DNA pudemos confirmar que se tratava do mesmo agressor. Faltava saber quem era ele e na semana passada o suspeito foi encaminhado e pudemos fazer a comparação”, explicou Samuel.

O homem é considerado um estuprador em série, pois foi confirmado um segundo crime sexual pelo mesmo autor.

A polícia aponta que há possibilidade de existirem outras vítimas que não realizaram boletim de ocorrência. “Os casos são muito parecidos e nós temos um lapso temporal de mais de 10 anos”, justifica Adriana Romana, delegada-chefe da Deam I.

O que diz o acusado?

João Batista Aquino já tinha passagem pela polícia e outras condenações por roubo e furto.

Em depoimento, ele não demonstrou nenhum remorso e alegou que não se recorda dos fatos, pois usava drogas e bebida alcóolica com frequência.

Mas disse que vai responder criminalmente caso o crime seja comprovado.

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