Em meio aos incêndios em diversas regiões do Brasil e as enchentes que atingiram o Rio Grande so Sul em maio, o governo já gastou R$ 40,5 bilhões fora da meta zero das contas públicas.

Com esse montante, a projeção de déficit cresce para R$ 68,8 bilhões neste ano.

Dos R$ 40,5 bilhões, quase a totalidade do gasto está relacionada às medidas de enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, onde foi destinado R$ 38,6 bilhões.

Já as medidas para combater incêndios somam em R$ 514 milhões de crédito extraordinário.

O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, afirmou que o governo está vigilante quanto ao volume de despesas fora da meta fiscal.

No entanto, destacou que os desastres naturais, como enchentes e incêndios, têm ocorrido em uma intensidade bem maior do que o previsto.

Ele ressaltou a importância de garantir que esses eventos tenham espaço no orçamento público, assim como acontece com os recursos destinados à Defesa Civil.

“Temos muito cuidado e preocupação com os gastos que, embora justificados, extrapolam a meta. Não podemos permitir que o país enfrente incêndios ou que a economia sofra um impacto severo, afetando a vida das pessoas,” afirmou ele.

O secretário confirmou que a equipe econômica do governo está atenta aos impactos da dívida.

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