O governo Lula (PT) pode economizar cerca de R$ 1,8 bilhões caso o horário de verão volte a ser adotado ainda neste ano de 2024. É o que aponta estudo apresentado ao governo federal e divulgado nesta segunda (24) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A discussão em torno da volta da medida foi retomada pelo governo devido ao recorde de queimadas e ao período prolongo de seca no Brasil. O horário de verão seria uma alternativa para a redução do consumo de energia elétrica, uma vez que a estiagem reduz o nível dos reservatórios das hidrelétricas, maior fonte de energia do país.
“Em termos de contratação de reserva de capacidade, tomando por base os resultados do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021, a economia anual, em termos de pagamento de receita fixa aos empreendimentos vencedores do leilão, foi cerca de R$ 1,8 bilhão por ano”, destacou o estudo.
Dados da ONS mostram que a economia ocorreria porque as usinas termelétricas, consideradas mais caras, seriam menos acionadas em horários de grande consumo de energia. “A prática se demonstra eficaz em amenizar o crescimento da carga entre as 18hs e 19hs, horários críticos do sistema. No entanto, após as 20 horas, o crescimento é retomado”, complementou.
Segundo o órgão, a medida pode resultar em uma diminuição de até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica e uma economia próxima a R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) apenas entre os meses de outubro e fevereiro.
O ONS ainda pondera que, ao avaliar o impacto da prática no consumo de energia, foi verificado que dependendo dos horário do dia, o horário de verão é ineficaz no sentido de reduzir a carga média diária.
No entanto, a medida poderá trazer “reduções significativas em dias úteis, sábados e domingos, sob diversas condições de temperatura” nos momentos de demanda máxima noturna.
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