Pessoas idosas com 60 anos ou mais representam 19,7% da população em idade ativa no Distrito Federal, sendo 19,1% participantes do mercado de trabalho.

É o que aponta o Boletim Anual da População Idosa do Distrito, divulgado, nesta terça (24), pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), junto com o Departamento Intersindical de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas (Dieese).

A maior participação de idosos se deve à longevidade e às quedas nas taxas de natalidade. “Percebemos que a permanência de pessoas com 60 anos e mais no mercado de trabalho do DF, sobretudo àquelas mais escolarizadas que continuam em suas ocupações vem ganhando intensidade”, comentou Lucia Garcia, técnica e economista do Dieese.

Idosos inativos

Embora seja possível observar a presença de mais idosos na força de trabalho, a maior parte dessa população ainda permanece inativa. Entre os idosos, 80,9% (406 mil pessoas) estavam fora do mercado de trabalho, com a maioria (70,7%) sendo aposentados.

Outros 13,5% se dedicavam exclusivamente a afazeres domésticos, enquanto 15,2% estavam envolvidos em outras atividades não laborais.

No entanto, mesmo entre os inativos, 85,3% tinham experiência anterior de trabalho, e mais de 70% estavam fora do mercado há mais de cinco anos.

“Com o envelhecimento da população do DF, em função da transição demográfica e do aumento da expectativa de vida, é necessária a implementação de ações para a manutenção e reinserção da população idosa no mercado de trabalho”, ressalta a diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Francisca Lucena.

Ocupação e salários

A maioria das pessoas idosas ocupadas no DF estavam inseridas no setor de serviços, com 84,3% atuando em atividades terciárias.

Os idosos ocupados no DF eram predominantemente autônomos (30%), enquanto 47,2% eram assalariados. No setor privado, apenas 20,1% dos idosos ocupados possuíam contratos formais, com registro em carteira assinada.

A participação no setor público e privado entre os assalariados foi praticamente igual, com 23,5% dos idosos empregados no setor público e 23,7% no privado.

O rendimento médio real dos idosos ocupados cresceu 2,5% no período analisado, alcançando R$ 5.507 mensais.

A educação também é um fator determinante para a inserção da população idosa no mercado de trabalho. No biênio analisado, 32,7% das pessoas idosas ativas possuíam ensino superior completo, enquanto entre os inativos essa proporção era de 27%.

Por outro lado, a parcela dessa população que não havia completado o ensino fundamental era maior entre as inativas (38,2%) do que entre as ativas (27,7%).

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