Em discurso da 79ª Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o governo não terceiriza a responsabilidade pelas queimadas que atingem o país e cobrou ações contra as mudanças climáticas.
“A Amazônia está atravessando a maior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram cinco milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza a responsabilidade nem abdica de sua soberania. Já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer muito mais”, declarou o presidente.
Lula ainda falou sobre o cenário de desastras climáticos em diferentes territórios do globo e pontuou que o mundo “está farto de acordos climáticos que não são cumpridos”.
“O planeta já não espera para cobrar da próxima geração [..] Está cansado de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega”, completou.
Crimes ambientais
O presidente brasileiro também elencou as ações que têm sido tomadas pelo seu governo para combater crimes ambientais e destacou que o desmatamento na Amazônia reduziu em 50% desde que assumiu o poder.
O governo trabalha com a meta de acabar definitivamente com a destruição da floresta até 2030.
“Além de enfrentar o desafio da crise climática, lutamos contra quem lucra com a degradação ambiental. Não transigiremos com ilícitos ambientais, com o garimpo ilegal e como o crime organizado”, justificou.
Lula deu as declarações durante discurso na 79ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Por tradição, o presidente do Brasil é o primeiro chefe de Estado a discursar no evento.
O governo brasileiro tem sido criticado diante do enfrentamento aos desastres climáticos do país, como os incêndios florestais e a enchente histórica do Rio Grande do Sul.
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