Na manhã desta quinta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) interrogará a deputada Carla Zambelli (PL-SP) em uma ação penal.

Ela é acusada de invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir dados falsos, enfrentar acusações de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Além disso, o hacker Walter Delgatti Neto, também réu na mesma ação, será interrogado na mesma ocasião. O ministro Alexandre de é o relator.

O interrogatório faz parte da tramitação das ações penais e marca a última etapa da fase de instrução. Durante essa fase, o tribunal coleta provas, cumpre diligências e ouve pessoas relacionadas ao caso.

Anteriormente, o tribunal realizou as oitivas das testemunhas de acusação e defesa.

Na segunda-feira (23), as testemunhas de acusação negaram que Zambelli tenha encomendado ao hacker uma invasão do sistema do CNJ.

Por fim, as testemunhas de defesa serão ouvidas nesta quinta (26), antes do interrogatório dos réus.

Réus

Em maio deste ano, a 1ª Turma do STF tornou-se Carla Zambelli e Walter Delgatti réus por invadirem o sistema do CNJ. A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra a deputada e o hacker.

Além disso, Alexandre de Moraes defendeu a acusação dos dois pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica.

Adicionalmente, os ministros Carmen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux acompanharam seu voto. As penas máximas, além de multa, podem chegar a seis anos de prisão.

Segundo a acusação, corroborada pela confissão da própria Delgatti, Zambelli contratou um hacker para invadir sistemas do Judiciário e inserir um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, assinado por ele.

Já a defesa de Carla Zambelli afirma que não há provas de que a parlamentar tenha incentivado o ataque hacker ao sistema do CNJ.

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