O governo do Brasil decidiu adiar em 24 horas a decolagem do primeiro voo de repatriação de brasileiros que sairia de Beirute, capital do Líbano.

Inicialmente previsto para esta sexta-feira (4), o voo agora decolará às 14h deste sábado (5), pelo horário de Brasília.

O governo explicou que tomou a decisão por razões de segurança. Atualmente, o avião da Força Aérea Brasileira, um KC-30 com capacidade para cerca de 220 pessoas, está em Lisboa, Portugal.

Em seguida, ele seguirá para o Líbano assim que as condições de segurança permitirem.

Enquanto isso, o território libanês tem sido alvo de ataques israelenses como parte da ofensiva do país contra o grupo extremista Hezbollah.

Na noite desta quinta-feira (3), Israel bombardeou as proximidades do aeroporto de Beirute, o que gerou preocupações adicionais.

Antes de confirmar o adiamento, Mauro Vieira foi questionado por jornalistas sobre a segurança do pouso do avião da FAB.

“Se houver algum episódio que não permita a aterrissagem, claro que será adiado. Isso será resultado dos constantes encontros, reuniões e consultas com autoridades”, disse o ministro.

Repatriação

Nesta quarta-feira (2), o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, para repatriar brasileiros no Líbano.

Neste primeiro voo, aproximadamente 220 pessoas retornarão ao Brasil. Além disso, quase 3 mil brasileiros pediram ajuda ao Itamaraty para deixar a região.

Por fim, a bordo, a equipe inclui pilotos, mecânicos e comissários, além de uma equipe de saúde composta por médico, enfermeiro e psicólogo, que fornecerão o primeiro atendimento aos brasileiros.

KC-30

O KC-30 usado neste primeiro voo de repatriação tem cerca de 240 lugares e autonomia para até 14.500 quilômetros.

Desde o início da crise no Oriente Médio, em outubro de 2023, ele participou várias vezes de voos humanitários para resgatar brasileiros em zonas de conflito em Israel e Gaza.

Além disso, com seus 59 metros de comprimento, ele é a maior aeronave da Força Aérea Brasileira.

A aeronave realiza operações estratégicas, oferece apoio logístico e executa missões humanitárias.

Em casos de calamidade pública, como desastres naturais ou emergências médicas, ele também realiza evacuações.