O Ministério de Minas e Energia decidirá nesta quarta-feira (16) se retomará o horário de verão no país. Inicialmente prevista para terça-feira (15), a definição foi adiada para hoje.
O ministro Alexandre Silveira aguarda novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre o tema.
Segundo o governo federal, a volta do horário de verão só ocorrerá em 2024 se o ONS comprovar a necessidade da medida. Entretanto, a implementação não deve acontecer antes do segundo turno das eleições, marcado para o dia 27.
No mês passado, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico recomendou o retorno do horário de verão ao Ministério.
De acordo com o ONS, a alteração dos relógios pode resultar em uma economia de R$ 400 milhões em 2024, com o objetivo de reduzir o consumo de energia em determinadas regiões do Brasil.
Na semana passada, o ministro Alexandre Silveira destacou que o período mais relevante para a aplicação do horário de verão é de 15 de outubro a 30 de novembro.
“O horário de verão tem sua maior importância entre 15 de outubro e 30 de novembro. Embora ele ainda tenha algum impacto após esse período, sua relevância diminui consideravelmente “, afirmou o ministro.
Horário de verão no Brasil
O governo adotou o horário de verão anualmente a partir de 1985, visando promover economia no consumo de energia, já que as pessoas teriam mais tempo de luz natural.
No entanto, com a mudança de comportamento da sociedade, a medida deixou de ser eficaz. Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) suspendeu o adiantamento dos relógios.
Em 2024, o horário de verão voltou à discussão, não pela sua eficácia em economizar energia, mas como uma alternativa para aproveitar a geração de energia solar, reduzindo o acionamento de termelétricas.