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STF julga recurso sobre quebra de sigilo de dados de internet

STF julga quebra de sigilo de dados de internet de não investigados

STF julga quebra de sigilo de dados de internet de não investigados. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (16), o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar um recurso sobre a quebra o sigilo de dados de internet. O recurso envolve pessoas que não são o alvo direto de uma investigação criminal.

As investigações da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, deram início ao debate.

A Corte julga uma ação do Google contra uma decisão da primeira instância da Justiça do Rio de Janeiro adotada durante as investigações dos assassinatos.

Inicialmente, a questão surgiu na Justiça estadual que decretou a quebra de sigilo de todas as pessoas que fizeram pesquisas relacionadas ao nome de Marielle e sobre a agenda antes do crime.

Posteriormente, o Supremo Tribunal Federal começou a deliberar sobre o caso em setembro do ano passado, no ambiente virtual.

Em setembro de 2023, durante uma sessão virtual, a relatora do caso, ministra aposentada Rosa Weber, afirmou que o Marco Civil da Internet não permite o fornecimento de dados dessa forma.

O julgamento será retomado com o voto do ministro Alexandre de Moraes, que pediu mais tempo para analisar o caso.

Atualmente, a quebra do sigilo de dados de internet solicita dados de usuários para identificar e obter informações sobre suspeitos de crimes.

Para isso, é preciso ter autorização de um juiz e, além disso, provar que o usuário cometeu um crime.

Além disso, dados obtidos sem essa autorização podem ser considerados ilegais e não podem ser usados como prova.

Por fim, não é permitido quebrar o sigilo de dados, como registros de localização, se isso violar a privacidade de pessoas que não estão diretamente envolvidas na investigação.

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