Nesta segunda-feira (21), o Supremo Tribunal Federal (STF) interrogará os réus acusados de planejar o assassinato de Marielle Franco.

Os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, além do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, serão ouvidos no processo.

Também serão ouvidos o major Ronald Paulo Pereira e o policial militar Robson Calixto Fonseca.

Os cinco réus estão presos preventivamente e o interrogatório será feito por videoconferência.

O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso.

Durante o interrogatório, os réus poderão apresentar suas versões dos fatos. Depois, acusação e defesa terão cinco dias para avaliar se pedirão outras diligências.

Em seguida, as partes terão 15 dias para apresentar suas alegações finais, que são as últimas manifestações no processo.

Só depois dessa etapa o caso estará pronto para julgamento.

Histórico no STF

Em junho, os ministros da Primeira Turma do STF tornaram os réus responsáveis, por unanimidade, por planejar e comandar as mortes de Marielle.

Em agosto, o STF iniciou as audiências de instrução e Alexandre de Moraes, intimou oito testemunhas de acusação.

Crimes

Chiquinho e Domingos Brazão são réus por homicídio e organização criminosa. Rivaldo Barbosa também responde por homicídio.

Além disso, Ronald Paulo de Alves Pereira, ex-chefe de milícia no Rio de Janeiro, é réu por homicídio. Já Robson Calixto Fonseca, assessor de Domingos Brazão, responde por organização criminosa.

Segundo denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Marielle se tornou alvo por se opor aos irmãos Brazão.

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros em março de 2018, no Centro do Rio.

Posteriormente, Ronnie Lessa, executor dos tiros confessou o crime, acusando os irmãos Brazão e o ex-chefe da polícia.