A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu nesta terça-feira (22), em Brasília, com parlamentares da região Norte. O objetivo da reunião foi discutir temas prioritários para o desenvolvimento dos estados locais. Eles eles, ações para eliminar a malária, que afeta a população da região.
Adicionalmente, debateram sobre o custo amazônico.
Além disso, a reunião alinhou estratégias para melhorar o atendimento à saúde nos estados da Amazônia Legal, que enfrentam desafios logísticos e sanitários únicos.
Participaram do encontro os deputados Sidney Leite (AM), Átila Lins (AM), Ricardo Ayres (TO), Dorinaldo Malafaia (AP), Airton Faleiro (PA) e Silvia Waiãpi (AP).
Durante a reunião, Nísia destacou os compromissos do ministério com as demandas da região Norte. Ela ressaltou a importância de iniciativas como o Samu fluvial, que atende comunidades ribeirinhas de difícil acesso, e a telemedicina, que pode levar serviços especializados a locais remotos.
Ela afirmou ainda que a eliminação da malária é uma prioridade do Ministério da Saúde, com esforços concentrados em combater a doença endêmica na região.
Nísia ressaltou: “contem com o Ministério da Saúde. Nossos secretários estão prontos para promover a interlocução entre os parlamentares e a equipe técnica. Na gestão, temos feito grandes avanços, especialmente com o aumento de investimentos na saúde indígena. Reforçamos as equipes médicas com o programa Mais Médicos e melhoramos a infraestrutura das unidades de saúde.”
Os parlamentares, por sua vez, se comprometeram a trabalhar junto ao ministério para viabilizar recursos e fortalecer essas ações.
Dessa forma, eles reforçaram a parceria entre o governo federal e os estados do Norte.
O deputado Sidney leite, coordenador da bancada do Norte, reforçou o compromisso com as prioridades da região.
Malária
Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) revelou que a malária tem avançado na Amazônia. Impulsionada pelo desmatamento e garimpo ilegal em terras indígenas, cresceu 102% entre 2018 e 2021.
Nos últimos 13 anos, mais de 253 mil casos de malária foram registrados em áreas de garimpo ilegal. Os registros começaram a subir especialmente a partir de 2020.
Mato Grosso e Roraima são os estados mais afetados, com aumentos significativos de casos entre 2017 e 2022, principalmente em áreas de garimpo ilegal.
Já em Manaus, a prefeitura divulgou em abril deste ano que os casos de malária aumentaram 146,6% até o respectivo mês.
Custo amazônico
Empresas e governos enfrentam custos adicionais de transporte e logística para operar na Amazônia.
Assim, o “custo amazônico” pode orientar a distribuição de recursos de programas como o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e influenciar políticas públicas de saúde.
O governo federal pode definir esse custo, considerando as dificuldades de deslocamento, comunicação e logística até as áreas ribeirinhas.
Além disso, o termo também abrange dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas que dificultam o desenvolvimento do país.