A partir de 4 de novembro, o Ministério da Saúde substituirá as vacinas de poliomielite em gotinhas pela vacina injetável no Distrito Federal (DF).

O Ministério da Saúde anunciou essa medida no mês passado. Eles basearam a mudança em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais.

“A gotinha teve um papel fundamental no controle da pólio. Sua suspensão, contudo, não significa a aposentadoria do Zé Gotinha, que continua como o principal símbolo da saúde no País”, ressaltou a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.

Confira o novo esquema vacinal:

  • 2 meses: 1ª dose
  • 4 meses: 2ª dose
  • 6 meses: 3ª dose
  • 15 meses: dose de reforço

De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, o imunizante injetável confere quase 100% de proteção após a aplicação das três primeiras doses.

Para as doses de reforço em crianças de 15 meses e menores de 5 anos, a orientação é comparecer às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) a partir de 4 de novembro para definir as datas de vacinação.

Além disso, a Secretaria de Saúde do DF afirmou que a vacina injetável contém um conjunto de vírus inativados, facilitando a produção de anticorpos apenas com partículas do vírus, sem que ele esteja vivo.

Por fim, a nova proposta sugere menos doses e também é indicada para crianças imunocomprometidas.

Poliomielite

A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que pode infectar crianças e adultos.

Isso ocorre por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes, como tosse, espirro e fala.

Além disso, em casos mais graves, pode ocasionar paralisia dos membros inferiores.

O Brasil não detecta casos de poliomielite pelo vírus selvagem desde 1989.

No DF, a doença não é registrada desde 1987. Ainda assim, o desafio, segundo o MS, é impedir a reintrodução da enfermidade no País.