Na última sexta-feira (25), a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) homenageou o Dia do Servidor Público durante uma sessão solene.

Além disso, o evento, proposto pelo deputado João Cardoso (Avante), que reuniu representantes da administração, saúde e educação, foi marcado por reivindicações.

Neste dia 28 de outubro, celebramos o Dia do Servidor Público.

Reivindicações

Primeiramente, Ibrahim Yusef Mahmud Ali, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta (Sindireta), disse que os servidores públicos enfrentam um “massacre” pela falta de apoio.

Ele destacou que, durante sete anos, os servidores não tiveram recomposição salarial, o que resultou em uma perda de 56% em seus salários.

Além disso, Ibrahim mencionou o sacrifício pelo anuênio, suspenso durante a pandemia.

Adicionalmente, pediu que o governador do DF, Ibaneis Rocha, tome medidas, como a recomposição do vale alimentação, equiparando-o ao do governo federal.

Hélio Francisco do Nascimento, presidente da Associação dos Servidores Públicos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (ASPSES), afirmou que não tem o que comemorar.

“Nossa carreira, que é crucial para a Secretaria de Saúde do DF, está prestes a fechar 2024 sem expectativa de reconhecimento e valorização”, destacou.

Por outro lado, Márcio William de Sousa, presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Políticas Públicas e Gestão Educacional (ASPPEG), lembrou da luta da categoria.

“Há cinco anos éramos invisíveis, sem perspectiva de melhorias. Fomos à luta insatisfeitos com essa situação e conseguimos um apoio muito importante desta Casa. Demonstramos a importância da carreira e conseguimos um pouco de recomposição”, disse.

Respostas

O deputado João Cardoso, que atua em duas carreiras públicas, defendeu os servidores:

“É necessário lutar por melhorias, principalmente quando as condições de trabalho não são adequadas e a valorização não acontece”.

Além dele, o secretário de Relações Institucionais do DF, Agaciel Maia, enfatizou que os servidores públicos têm sido desvalorizados nas últimas décadas e destacou a necessidade de fortalecer sua representação política.

“A representação política do Congresso Nacional chegou a ser quase 50% de servidores e hoje talvez não chegue a 10%. O servidor público não tem votado em servidores, e essa situação precisa mudar”, afirmou.

Por fim, Helton Costa, secretário adjunto de Governo, comprometeu-se a investigar as reivindicações apresentadas durante a solenidade.

“Quanto às reivindicações aqui apresentadas, vamos analisar a situação e verificar se há alguma previsão na Secretaria de Economia em relação aos processos que estão parados”, disse.