As eleições de 2024 registraram o segundo maior índice de abstenções da história.
Somente a pandemia de covid-19, em 2020, superou esses números, com 23,2% dos eleitores ausentes no primeiro turno e 29,5% no segundo.
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que, no Amazonas, onde a baixa dos rios afeta o transporte, a abstenção nas eleições de 2024 ficou abaixo da média nacional.
Segundo a ministra, Manaus, única cidade do estado a realizar segundo turno, registrou uma taxa de abstenção de 23,61% no segundo turno, enquanto no primeiro turno esse índice foi de 19,94%.
“No Amazonas, onde a estiagem era uma preocupação, a abstenção ficou menor que a média nacional. Ali, o recado da Justiça Eleitoral pareceu funcionar, talvez por nossa atenção especial à situação”, afirmou Cármen Lúcia.
Abstenções gerais
A ministra anunciou ainda que a Justiça Eleitoral conduzirá uma pesquisa para entender as causas das ausências e reduzir o número de eleitores que deixam de votar nas próximas eleições.
Além disso, ela afirmou que a Justiça Eleitoral irá apresentar um relatório preliminar até a diplomação dos candidatos eleitos, em dezembro.
“Observamos um aumento de abstenção no segundo turno. Tivemos questões climáticas e outros problemas. Vamos investigar cada localidade e trabalhar com esses dados”, declarou.
Segundo TSE, para evitar pendências e o cancelamento do título, é preciso informar o motivo.
Quem não justificou no dia da votação tem 60 dias para regularizar a situação.
Eleições no Amazonas
O candidato David Almeida (Avante) se reelegeu prefeito de Manaus. Neste domingo (27), ele venceu Capitão Alberto Neto (PL) no segundo turno.
A confirmação do resultado veio após a apuração superar 90% das urnas da capital amazonense. Almeida conquistou mais de 54% dos votos válidos.
David Almeida, do Avante, recebeu mais de 530 mil votos, enquanto Alberto Neto obteve pouco mais de 460 mil. A diferença entre os dois candidatos foi de exatamente 96.693 eleitores.