O júri popular decidiu encerrar o caso que envolve a morte de Marielle Franco e o motorista Anderson, após a decisão dos jurados pela condenação dos responsáveis nesta quinta-feira (31).
Os ex-sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, foram conenados à prisão pela morte da vereadora Marielle Franco e também do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses. Élcio de Queiroz foi condenado a 59 anos e 8 meses. Ambos também foram condenados a pagar juntos R$ 706 mil em indenização por dano moral para cada uma das vítimas.
Os réus prestaram depoimentos e assistiram ao julgamento por videoconferência da cadeia onde estão presos.
Lessa participou do julgamento enquanto está no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo, e Queiroz no Complexo da Papuda, em Brasília.
A sessão fo julgamento começou a partir das 10h da última quarta-feira (30), no 4° Tribunal do Júri da Justiça do Rio de Janeiro, e ocorreu mais de seis anos após o assassinato.
Marielle foi atingida por três tiros na cabeça e um no pescoço e o motorista Anderson levou três tiros nas costas.
No primeiro dia de julgamento, nove testemunhas foram ouvidas, além de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Sete das testemunhas foram indicadas pelo Ministério Público estadual e duas pela defesa de Ronnie Lessa.
A defesa de Queiroz desistiu de ouvir as testemunhas que requereu, segundo informações da CNN Brasil.
Já no segundo dia de julgamento, os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentaram os argumentos sobre as investigações do assassinato.
O promotor de Justiça Eduardo Martins afirmou que o objetivo do atirador, Ronnie Lessa, era matar todas as pessoas que estavam no carro das vítimas e não somente a Marielle Franco.
Martins afirmou que Lessa pretendia promover uma queima de arquivo ao matar todos os ocupantes do automóvel. O Ministério Público mostrou imagens de como ficou o carro da vítima após o ataque com objetivo de convencer os jurados de que os réus não queriam deixar nenhum dos ocupantes do carro vivo.
Advogados da defesa de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz também realizaram suas alegações.