Investigações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) revelaram suspeitas de uso indevido de recursos públicos destinados à 28ª Expotchê, maior feira de produtos do Sul do país.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na manhã desta terça-feira (12), a Operação Transpasse.

Com apoio do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) e do Gaeco-GO, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em endereços no Distrito Federal e em Goiânia, expedidos pela 6ª Vara Criminal de Brasília.

O Instituto de Desenvolvimento Humano, Empreendedorismo, Inovação e Assistência Social (Idheias Brasil) foi contratado pela Secretaria de Turismo com verbas destinadas pela Câmara Legislativa.

As investigações indicam que o instituto apresentou um projeto para realizar a Expotchê com o objetivo de obter ganhos ilícitos com o uso de dinheiro público.

Por ser uma organização da sociedade civil, o Instituto Idheias Brasil pôde ser contratado de forma simplificada pelo Poder Público, sem a realização de licitação.

A organização receberia os recursos estatais e, depois, repassaria os valores aos organizadores do evento por meio de pessoas jurídicas “testa-de-ferro”.

Não há suspeitas de envolvimento de parlamentares distritais no esquema ilícito. Mas o Governo do Distrito Federal (GDF) exonerou um servidor comissionado alvo da Operação Transpasse para investigar o esquema de corrupção.

Genesis Cavalcante Mendes Beltrão era chefe da Assessoria Especial de Projetos, Fomento e Captação de Recursos, da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur).

A exoneração dele foi publicada em edição extra do Diário Oficial (DODF). O decreto foi assinado pela governadora em exercício, Celina Leão (PP).