Pesquisa CNT divulgada nesta terça-feira (12) mostra uma queda contínua na avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2024. No momento, 35% dos entrevistados classificam o governo como ótimo ou bom. 31% o avaliam como ruim ou péssimo. O cenário não é muito diferente de pesquisa divulgada na metade do ano.
No que diz respeito ao desempenho pessoal, o presidente Lula tem no último levantamento 50% de aprovação, contra 46% de desaprovação. As expectativas para os próximos seis meses em áreas como emprego, renda, saúde, educação e segurança melhoraram em comparação com a pesquisa de abril de 2024.
Eleições presidenciais
A pesquisa também buscou avaliar possíveis cenários eleitorais para 2026. Na intenção de voto estimulada, há um empate técnico entre Lula e Jair Bolsonaro, com 35% e 32% das intenções, respectivamente.
Entre os brasileiros, 44% se identificam como de direita ou centro-direita, com Bolsonaro sendo o preferido por 48% desse grupo. Caso Bolsonaro não concorra em 2026, os nomes mais fortes para esse grupo seriam Tarcísio de Freitas, Michele Bolsonaro e Pablo Marçal.
Entre os 24% que se identificam como de esquerda ou centro-esquerda, 60% preferem Lula, e, caso ele não concorra, os principais nomes que aparecem são os de Fernando Haddad, Guilherme Boulos e Geraldo Alckmin.
Cenário das BETs
Em relação às apostas online, 13% dos entrevistados dizem que já participaram delas. Entre essas pessoas, 58% afirmam ter perdido dinheiro, enquanto 21% relataram ganhos.
A maioria vê a associação entre apostas e times de futebol como uma possível facilitadora de manipulações e acredita que as apostas online geram mais prejuízos que benefícios, além de contribuírem para comportamentos de risco, como o vício.
Sobre a economia brasileira em 2024, a percepção é de que está regular. A maior parte dos entrevistados afirmou que conseguiu manter as despesas básicas, mas com dificuldades. Para o próximo ano, as expectativas são mais positivas em comparação com 2024.
25% dos lares recebem Bolsa Família
Aproximadamente 25% dos lares brasileiros recebem o Bolsa Família; entre esses, 69% têm pelo menos um membro com atividade remunerada informal, e 32% possuem um emprego formal. Em uma escolha entre o Bolsa Família e um emprego, 65% dizem que prefeririam um emprego estável, enquanto 10% optariam apenas pelo Bolsa Família e 24% gostariam de ter ambos, se possível.
A pesquisa indica que a opinião pública reconhece o Bolsa Família como um suporte temporário necessário, mas acredita que ele pode desestimular a busca por emprego.
Veja aqui o relatório completo da pesquisa CNT.