O ex-presidente Jair Bolsonaro falou ao portal Metrópoles sobre a morte de Francisco Wanderley Luiz, o homem que morreu após uma explosão na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e se referiu a ele como “maluco”.

Bolsonaro afirmou que não tinha “a menor ideia” sobre quem era Luiz, o proprietário do carro que foi encontrado com explosivos no estacionamento da Câmara dos Deputados.

O ex-presidente sugeriu que Luiz poderia ter deixado alguma pista, como uma gravação ou mensagem escrita, que indicasse uma possível intenção terrorista.

A Polícia Federal investiga a possibilidade de motivação política por trás do ocorrido.

Francisco Luiz, conhecido nas redes sociais pelo apelido de “Tiü França”, era um adepto de teorias da conspiração e, horas antes de sua morte, fez publicações que indicavam pretensões violentas.

Em um post, ele criticou líderes dos Três Poderes e, em outro, sugeriu um ato simbólico, questionando se sua ação de “soltar foguetinhos” no dia 13 seria apenas uma comemoração.

Luiz também publicou uma foto no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), legendando a imagem com a frase “Deixaram a raposa entrar no galinheiro”, um comentário que gerou especulações sobre seu descontentamento com as instituições do país.

Em 2020, Francisco Luiz foi candidato a vereador pela cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, pelo PL, partido que hoje conta com a filiação de Jair Bolsonaro.

Contudo, Bolsonaro ingressou na sigla apenas em 2021, ou seja, um ano após a candidatura de Luiz. O ex-presidente fez questão de destacar essa diferença temporal durante sua declaração.

A Polícia Federal segue investigando o caso para determinar as circunstâncias e os possíveis motivos por trás da ação de Francisco Luiz.