A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para apurar as explosões registradas no início da noite de quarta-feira (13) em Brasília. O inquérito será enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para avaliação.

Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, as investigações estão sendo conduzidas sob a hipótese de terrorismo.

As explosões ocorreram com um intervalo de apenas 20 segundos na região da Praça dos Três Poderes.

A primeira delas atingiu um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados, enquanto a segunda, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, proprietário do veículo.

Imediatamente após os incidentes, a PF e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizaram uma varredura na área das explosões durante toda a madrugada.

A Polícia Civil do DF (PCDF) também deu início a uma investigação sobre o caso.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, destacou que o inquérito foi aberto devido ao caráter político do ataque.

“O que justifica o inquérito para apurar o ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato. Já concluímos a varredura por parte da PF no local onde ocorreu a explosão”, afirmou.

Além das explosões, Francisco Wanderley Luiz havia tentado ingressar no prédio do STF.

Segundo informações dadas pelo G1, o homem jogou um explosivo sob a marquise do edifício, mostrou a um vigilante que estava portando artefatos explosivos presos ao corpo e, em seguida, deitou-se no chão, acionando um explosivo na nuca.

Ainda na manhã desta quinta-feira (14), a PMDF continuava a varredura na área afetada.

Em razão do ocorrido, as atividades no Supremo Tribunal Federal e na Câmara dos Deputados foram suspensas até o meio-dia. O Senado, por sua vez, decidiu cancelar o expediente.

A Polícia Federal informou que realizará uma coletiva de imprensa às 11h desta quinta-feira (14) para prestar informações sobre a investigação.