O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21), em um inquérito por serem acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito ao planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, o julgamento do inquérito que envolve Bolsonaro e os demais indiciados pode demorar para acontecer.
Esse inquérito será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda nos próximos dias, sendo o primeiro passo até seguir para o gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes, que é o relator da investigação.
Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir se Bolsonaro e os demais indiciados serão denunciados ao Supremo Tribunal pelas acusações que envolve uma trama golpista. Gonet tem um prazo de 15 dias para tomar a decisão.
As defesas dos acusados também deverão se manifestar em relação ao caso.
Por conta do recesso de fim de ano no STF, que começa a partir do dia 19 de dezembro e acaba em 1° de fevereiro de 2025, a expectativa é que o julgamento da denúncia envolvendo Bolsonaro e os demais indiciados aconteça apenas em 2025.
Além de Bolsonaro, também foram indiciados o o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Os indiciados estão supostamente envolvidos na elaboração ou no aval para realização do plano golpista para não deixar o presidente Lula assumir o poder.