O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (23), novas atualizações do Censo 2022. As atualizações dizem respeito às características dos domicílios.

A divulgação trata das informações referentes à forma de abastecimento de água, destino do lixo, tipo de esgotamento sanitário, existência de banheiro ou sanitário e existência de canalização de água.

Os dados disponibilizados são divididos por unidades da federação e por município. No total, os 26 estados e o Distrito Federal foram investigados pelo IBGE.

Tipo de esgotamento sanitário

Nos domicílios onde há banheiro ou sanitário, foram analisadas as condições do esgotamento sanitário existente.

No total, 8 categorias foram analisadas, são elas: rede geral ou pluvial, fossa séptica ou fossa filtro ligada à rede, fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede, fossa rudimentar ou buraco, rio, lago, córrego ou mar, vala e outra forma.

Segundo o IBGE, as divisões de “rede geral ou pluvial”, “fossa séptica ou fossa de filtro ligada à rede” e “fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede” representam situações adequadas do destino do esgoto.

A “rede geral ou pluvial” e a “fossa séptica ou fossa de filtro ligada à rede” correspondem ao conjunto de domicílios conectados a algum serviço público que colete e afaste o esgoto domiciliar.

“Fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede” é, conforme descrito pelo IBGE, uma solução individual de saneamento considerada adequada pelo Plano Nacional de Saneamento Básico.

No Brasil, 75,7% da população é atendida por esgotamento por rede ou por fossa séptica, condições consideradas adequadas.

Amazonas

No Amazonas, menos da metade da população (46,6%), de um total de quase 4 milhões de habitantes, possui rede de esgoto adequada. O estado é o quinto entre os sete estados da região norte no quesito rede de esgoto adequada.

Os outros 53,4% da população do estado possuem condições consideradas ruins ou péssimas de esgotamento sanitário, com a maioria destes (35,8%) sendo classificados como “fossa rudimentar ou buraco”.

Em comparação com a porcentagem da população brasileira com acesso a condições adequadas de esgotamento sanitário, o Amazonas está 29,1% abaixo do total (75,7%) no país.

Em números absolutos, apenas 618.996 moradores, de um total de 3.929.369 de habitantes no estado, se encaixam nas três categorias – rede geral ou pluvial, fossa séptica ou fossa de filtro ligada à rede e fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede – e possuem condições de esgotamento sanitário adequadas.

O IBGE também realizou a divisão por cor ou raça. Destes, 46,6% da população com rede de esgoto adequada, a maioria são pardos (32,26%). Por idade, a maioria são crianças e adolescentes de 5 a 9 anos e 15 a 19 anos, com 9,34%.

Divisão por municípios

No Amazonas, 19 dos 62 municípios possuem menos de 10% de sua população total com condições de acesso adequadas ao esgoto. A pior cidade é Eirunepé, com apenas 0,84% da população com acesso ao esgotamento sanitário adequado.

Confira os 5 municípios com as piores condições:

  1. EIRUNEPÉ – 0,84%
  2. ENVIRA – 1,05%
  3. CAAPIRANGA – 1,1%
  4. JUTAÍ – 1,65%
  5. UARINI – 1,92%

Em apenas 2 municípios do estado, mais da metade da população tem acesso a condições adequadas de esgotamento sanitário: Manaus (70,05%) e Presidente Figueiredo (64,76%).

Confira os 5 municípios com as melhores condições:

  1. MANAUS – 70,05%
  2. PRESIDENTE FIGUEIREDO – 64,76%
  3. PARINTINS – 45,05%
  4. RIO PRETO DA EVA – 43,44%
  5. CODAJÁS – 39,46%

É possível acessar o relatório completo do Censo 2022 no site do IBGE.