O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins (MPTO), em conjunto com a Polícia Civil, deflagrou nesta terça-feira (5) a operação Ruach.

O o objetivo ée investigar possíveis crimes relacionados à aquisição de respiradores mecânicos em Gurupi durante a pandemia de Covid-19.

A operação, que conta com o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Palmas, Gurupi e Porto Nacional, além de Nerópolis (GO), mobilizou cerca de 40 profissionais, entre integrantes do Gaeco, delegados e agentes da Polícia Civil.

As investigações apontam para suspeitas de irregularidades envolvendo ex-gestores públicos de Gurupi, servidores públicos e empresários, que teriam atuado em conjunto para desviar recursos públicos por meio de contratos superfaturados na compra de equipamentos de saúde.

Os respiradores mecânicos foram adquiridos sem licitação, com um valor acima do praticado pelo mercado, sob a justificativa de uma necessidade urgente de ampliação dos leitos de suporte ventilatório na unidade de Pronto Atendimento (UPA) local.

No entanto, os equipamentos nunca foram instalados na UPA e acabaram sendo transferidos para o Hospital Regional de Gurupi, onde também permaneceram sem utilização.

A operação Ruach, cujo nome significa “vento”, “sopro” ou “respiração” em Hebraico, investiga os possíveis crimes de fraude à licitação, organização criminosa e desvio de verba pública relacionados a essa transação.

O desdobramento dessa operação visa garantir a transparência e a integridade na gestão dos recursos públicos, especialmente em tempos de crise como a pandemia de Covid-19.