Apenas 53,5% da população rio-branquense têm acesso à água potável é o que revela o estudo feito pelo Instituto Trata Brasil (ITB) que traz à tona preocupações sobre o acesso à água potável na cidade de Rio Branco. A 16ª edição do Ranking do Saneamento, que analisa os 100 municípios mais populosos do Brasil.
O estudo, baseado em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) ano-base 2022, coloca Rio Branco entre os 10 piores municípios em termos de saneamento básico. Além da baixa porcentagem de acesso à água potável, a capital detém a posição 97ª no ranking, com índice de 53,50%, a cidade enfrenta desafios significativos em outras áreas-chave, como a coleta e tratamento de esgoto.
Em relação à coleta de esgoto, a cidade aparece em 93º lugar, com apenas 20,67% da população atendida. O volume de esgoto tratado em relação à água consumida também é alarmante, colocando Rio Branco em uma posição desfavorável, com apenas 0,72%.
Outro aspecto destacado pelo estudo é o baixo investimento em saneamento na capital acreana. Com um investimento total por habitante de apenas R$ 30,02, Rio Branco figura entre os municípios com menor aporte financeiro nessa área crucial.
Além disso, o Índice de Perdas na Distribuição (IPD) mostra uma situação preocupante, com Rio Branco registrando 56,59% de perdas e ocupando a 91ª posição no ranking.
Os dados revelados pelo Ranking do Saneamento apontam para a urgência de investimentos e políticas públicas voltadas para a melhoria do saneamento básico em Rio Branco. A falta de acesso à água potável e os desafios relacionados ao tratamento de esgoto representam não apenas problemas de saúde pública, mas também obstáculos ao desenvolvimento socioeconômico da região.
É importante destacar que, apesar dos esforços empreendidos, a situação do saneamento básico em Rio Branco permanece crítica. A comparação com relatórios anteriores evidencia uma estagnação nos indicadores, ressaltando a necessidade de medidas urgentes para reverter esse cenário e garantir um futuro mais saudável e sustentável para os habitantes da cidade.