Um relatório, divulgado nesta segunda-feira (25), revelou que as mulheres do Acre ganham 18,3% a menos que os homens.
Tal disparidade, que pode chegar a 35,6% em cargos de liderança, foi apresentado em balanço do Ministério das Mulheres e do Trabalho e Emprego.
Os números refletem sobre uma questão que permeia não apenas a economia local, mas também uma realidade global de desigualdade de gênero persistente.
Apesar dos esforços legislativos, como a Lei nº 14.611, que busca promover a igualdade salarial, o relatório revela que o caminho rumo à equidade salarial ainda é longo.
Com base em dados de 104 empresas acreanas, totalizando 33,5 mil empregados, o relatório destaca não apenas a disparidade salarial em si, mas também as suas consequências sociais e econômicas.
Recorte racial
Além da disparidade salarial entre homens e mulheres, o relatório também destaca as diferenças entre mulheres brancas e negras, com as últimas enfrentando não apenas menor representatividade no mercado de trabalho, mas também salários ainda mais baixos.
Isso ressalta a interseccionalidade das questões de gênero e raça, que exigem uma abordagem holística e inclusiva para a criação de soluções eficazes.
Diante desse cenário, medidas como a implementação de planos de cargos e salários equitativos, políticas de promoção de mulheres a cargos de liderança e incentivos à contratação de mulheres negras emergem como passos na direção da igualdade de gênero no mercado de trabalho acreano.