Aos menos doze sindicatos dos servidores públicos estaduais de Roraima devem participar de uma paralisação no próximo dia 10 de junho, com possibilidade de greve em Roraima. A pressão contra o governo se dá pela revisão anual dos salários, prevista a o pagamento salarial deste mês de maio.

Francisco Figueira, presidente do Sintraima (Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima), explicou que os servidores esperam o pagamento para este mês de maio.

“Nós demos ao governo do Estado o mês de maio para que seja contemplado o vencimento dos servidores, visto que parece que não haverá revisão geral anual, conforme sinalizado pelo governador. O pagamento está previsto para o dia 29 de maio, sem o encaminhamento da lei de revisão geral anual. Por isso, estamos indicando uma greve para o dia 10 de junho”, declarou Francisco Figueira.

Ele também mencionou que outros sindicatos estão planejando uma paralisação de 24 horas, com um indicativo de greve geral em busca do cumprimento da lei.

A presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado, Joana Dark, destacou a mobilização dos sindicatos de segurança, mesmo sem a possibilidade de greve devido ao caráter essencial do serviço.

Joana Dark, Pres. Sind. Policiais Penais – Foto: ALE-RR

“Pretendemos fazer uma mobilização. Esperamos que até o dia 30 deste mês o governo nos receba. Todos os sindicatos estão realizando assembleias com suas categorias. Aqueles que podem paralisar, vão paralisar. No nosso caso, como não podemos paralisar, deixaremos de fazer aquele a mais que sempre fazemos e, na folga, estaremos mobilizados na frente do palácio”, afirmou Joana.

Possibilidade de greve em Roraima

Ela também mencionou a possibilidade de acampamento em frente ao Palácio Senador Hélio Campos caso a revisão geral anual não seja cumprida.

Os servidores da Saúde Estadual também devem aderir à paralisação. Marceli Carvalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Roraima, explicou que cerca de 2.500 servidores aguardam o pagamento da terceira parcela do PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração).

“Essa terceira parcela do PCCR é tema de nossos documentos e ações desde novembro do ano passado. Infelizmente, não obtivemos nenhuma certeza de pagamento até agora. Nos reunimos no início do ano com a SESAU e o secretário Flamarion, que nos pediu para aguardar até o final do primeiro quadrimestre, que terminou em abril, mas ainda não temos certeza do pagamento”, explicou Marceli.

Os sindicatos prometem continuar a pressão por uma greve em Roraima até que o governo estadual atenda às suas reivindicações, buscando garantir os direitos previstos em lei para todos os servidores públicos de Roraima.