A queda de um avião em Vinhedo, São Paulo, no início da tarde da sexta-feira (9), resultou na morte de 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.

A partir de agora, inicia-se o processo de identificação das vítimas e a coleta dos restos mortais. Contudo, a tarefa pode ser complicada no caso dos corpos que foram carbonizados.

“Pelo que vi no noticiário, acredito que houve carbonização. Será muito pouco provável, neste caso, identificá-los pela impressão digital. Com isso, apenas uma triagem de localização (caso as passagens tenham sido vendidas com lugar marcado) pode acelerar o processo”, afirma o perito Nelson Massini.

De acordo com Massini, a prioridade é buscar impressões digitais preservadas. Se isso não for possível, o próximo passo é identificar vestígios típicos, como:

  • Arcada dentária;
  • Próteses;
  • Marcapasso;
  • Parafusos;
  • Placas metálicas; ou
  • Tatuagens.

Se nenhuma dessas opções for eficaz, será necessário realizar a coleta de DNA, o que pode levar cerca de 15 dias para fornecer resultados e prolongar o sofrimento das famílias.

Como funciona a identificação das vítimas

Identificar o tecido humano entre os destroços no local do acidente com o avião em Vinhedo é o primeiro desafio enfrentado pela equipe de coleta. Além disso, a mistura dos corpos com materiais como fuligem e concreto complica ainda mais a tarefa.

Posteriormente, o Instituto Médico Legal (IML) recebe os restos mortais, e a Polícia Técnico-Científica seleciona as partes para a obtenção de amostras genéticas, enviadas para o Laboratório de DNA da mesma instituição.

Os testes geram perfis genéticos distintos que permitem a diferenciação dos indivíduos.

Ademais, coletam-se amostras de sangue dos familiares das vítimas para obter o perfil genético da família. A comparação entre esses perfis e os resultados dos testes realizados nos restos mortais possibilita a identificação dos corpos.

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*Com informações do O Globo