As queimadas na Amazônia e no restante das florestas do Brasil afetam diretamente a população, como a influenciadora Maira Gomez. Pertencente a comunidade indígena Tatuyo, no Amazonas, ela pede ajuda para a região.

A jovem, que tem mais 569 mil seguidores no Instagram, compartilhou vídeos onde os moradores tentam controlar o fogo. No registro, é possível ver que as chamas consumiram uma parte do solo, que ainda aparece queimando na filmagem.

Ao divulgar esses conteúdos, a influenciadora busca chamar a atenção dos “órgãos competentes”, a fim de que os auxiliem a cessar o fogo. As queimadas na Amazônia são uma preocupação crescente, especialmente na estação seca e altas temperaturas.

Nesse cenário, as chamas se propagam com maior facilidade e queimadas ilegais ganham força, em alguns casos, com o intuito de abrir espaço para a pecuária e a agricultura.

Assista:

Queimadas na Amazônia

Entre junho e agosto deste ano, as queimadas na Amazônia aumentaram em 60%, elevando as emissões de gases de efeito estufa. Segundo o Observatório do Clima, os incêndios liberaram 31,5 milhões de toneladas de CO², equivalente à emissão anual da Noruega.

Ane Alencar, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), alerta que os dados ainda não incluem as queimadas de setembro, tradicionalmente o mês mais crítico.

Até agosto, 2,4 milhões de hectares foram queimados, sendo 700 mil de florestas, responsáveis por 12,7 milhões de toneladas de CO² no ar. Mesmo após os incêndios, a decomposição da matéria orgânica continuará liberando gases por anos.

Além disso, as florestas afetadas ficam mais suscetíveis a novos incêndios, que aumentam as emissões nos anos seguintes. A Amazônia, devido à alta concentração de biomassa, gera mais CO² que outros biomas, como o Cerrado, e o desmatamento pode reduzir a evapotranspiração, agravando a seca.

Confira detalhes da situação atual das queimadas na Amazônia aqui.

Fumaça em Manaus, capital do Amazonas

O aumento das queimadas na Amazônia não só contribuiu para a emissão milhões de toneladas de CO², mas também agravou a situação da qualidade do ar nas regiões afetadas, gerando grandes volumes de fumaça.

Manaus amanheceu nesta quarta-feira (18) coberta por uma camada de fumaça, levando o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) a classificar a qualidade do ar como “moderada” a “ruim”.

Além disso, o relatório ainda indica uma grave piora na qualidade do ar em várias cidades do Amazonas, com níveis acima do “péssimo”. Confira a lista de municípios aqui.

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