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Mãe de criança que morreu após alta hospitalar em Manaus pede justiça em velório

A mãe do pequeno Vitor Sebastian, que faleceu na segunda-feira (30) sob a suspeita de negligência médica, deu detalhes tristes da situação. No velório da criança, nesta terça-feira (1º), ela relembrou os minutos de aflição e pediu justiça.

A família do menino, de apenas dois anos, acusa a rede de hospitais particulares SAMEL de negligência médica no tratamento de uma infecção bacteriana. Segundo familiares, o menino morreu após lhe darem alta sem fazer exames.

Segundo Laura, a avó, seu neto foi medicado com dipirona e soro e liberado para tratamento em casa. A mãe confirma essa versão. Em declaração à TV Norte, ela disse que a médica propôs “doces” para reverter o quadro do menino.

Ela disse que uma médica informou que a infecção era causada por uma “pequena bactéria que fazia parte do corpo dele”. Além disso, afirmou que não havia necessidade de tratamento com antibióticos, recomendando que levasse o menino para casa e lhe desse coisas com açúcar para animá-lo.

A família está revoltada e pede “justiça”. Diante das buscas por respostas, a SAMEL divulgou uma nota preliminar informando que está “averiguando o caso mencionado” e que fornecerá os “devidos esclarecimentos” em breve.

Mãe descreve minutos antes de morte e pede justiça

Após a visita à unidade particular, a mãe de Vitor disse que o estado da criança piorou. Desesperada, a mãe decidiu levar a criança a outro pronto-socorro, afirmando: “A Samel não está resolvendo o assunto dele.”

A ideia era levar a criança para o pronto-socorro após ir à casa da avó da criança, onde receberia a “reza” de uma “senhora” e um “chá”. No momento em que ia dar o líquido para Vitor, percebeu que o filho não respondia mais.

“Aí eu saí desesperada pedindo ajuda, que alguém me levasse no pronto-socorro, mas só chegou até ali na UBS”, disse, aos prantos. “Quando me chamaram para fazer uma respiração boca-a-boca nele, ele já tava todo roxo. Ele não aguentou. A barriga estava inchada, ele lagrimava, mas não tinha força nenhuma para fazer nenhum barulho”, acrescentou.

Ela disse que chegou a cogitar a procurar outra unidade, em conversa com o marido, afirmando que lá deixariam o seu filho morrer“.

“Eu só quero justiça pelo meu filho”, finalizou.

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