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Terras caídas em Manacapuru: entenda fenômeno que atingiu porto

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Parte do Porto da Terra Preta desabou, na tarde de quarta-feira (7). O deslizamento "engoliu" barcos, flutuantes e pontes - Foto: Anderson Batista

O desabamento de grande parte do Porto da Terra Preta, no município de Manacapuru, a 68 quilômetros de Manaus, tem relação com o fenômeno “terras caídas”.

Parte do Porto da Terra Preta desabou, na tarde de segunda-feira (7). O deslizamento “engoliu” barcos, flutuantes e pontes. A Secretaria de Segurança do Amazonas (SSP-AM) afirmou que ao menos uma criança de 6 anos se encontra desaparecida. Conforme a Defesa Civil, ainda não há informações de vítimas.

O desabamento é conhecido na Amazônia como “terras caídas”. De acordo com a pesquisa “O fenômeno das terras caídas: uma mudança natural na paisagem e suas implicações aos moradores da comunidade da Barreira do Andirá no município de Barreirinha-AM”, o termo é usado para caracterizar uma “erosão fluvial acelerada”, ou seja, o desgaste das margens dos rios.

O estudo explica que o fenômeno de terras caídas envolve processos mais simples e imperceptíveis até os mais complexos e catastróficos como desmoronamento, desabamento e deslizamento em distâncias quilométricas, como aconteceu em Manacapuru.

“O fenômeno das terras caídas é uma dinâmica natural que ocorre pela combinação de vários fatores naturais que acontecem nos rios amazônicos principalmente nos rios de várzea, esse processo transforma as feições da paisagem ribeirinha, pode ser notado em todos os rios da região em grande área ou em pequenas áreas, e os modos de vidas dos moradores também são afetadas pelas ocorrências de perdas de bens materiais”, afirma o estudo.

Entenda a tragédia em Manacapuru

Parte do Porto da Terra Preta, em Manacapuru, desabou na tarde desta segunda-feira (7), a 68 km de Manaus, atingindo flutuantes próximos e deixando pessoas desaparecidas.

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Segundo o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), não há registros de mortos até o momento, mas as equipes de resgate seguem nas buscas pelos desaparecidos. O desabamento gerou grande preocupação entre os moradores, que temem novos deslizamentos na área.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) mapeou o local do acidente como “área de risco” desde 2018.

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