Há poucos dias, ataques hackers atingiram o sistema do Ministério da Saúde e provocou problemas na notificação de casos da Covid-19, no Programa Nacional de Imunização (PNI) e no ConectSUS.

Até agora, o ConectSus, por exemplo, segue sem acesso.

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Nenhum sistema do mundo está isento de riscos quando se fala em dados compartilhados em uma grande rede como a internet.

No Amazonas, mais de R$ 3 milhões vêm sendo investidos, anualmente, para tentar proteger sistemas públicos do estado.

Segundo a empresa Processamento de Dados do Amazonas S/A (Prodam), responsável pelo trabalho em sistemas do governo do estado, somente com proteção de firewall há um gasto de cerca de R$ 1,25 milhão todo ano.

O firewall é um dispositivo de segurança que monitora o tráfego de dados que entram e saem de uma rede.

Esses investimentos são voltados para aumentar o nível de segurança da informação nos órgãos.

Também existem programas de conscientização e treinamento para os colaboradores.

Como as tecnologias evoluem rapidamente a cada ano, a Prodam informou ao Portal Norte de Notícias que possui uma base operacional que monitora constantemente riscos existentes.

“A Prodam realiza análise de riscos do processo de tratamento do dado e define quais medidas serão adotadas para diminuir a probabilidade de problemas, reduzindo os riscos. Uma das medidas adotadas é de deixar dados mais sensíveis em ambientes não acessíveis pela internet”, informou a empresa.

Para proteger e prevenir os sistemas do governo do Amazonas, o Estado investe R$ 2 milhões por ano apenas com a infraestrutura para proteção de sistemas, antivírus e prevenção para negação de serviços.

A Prodam não informou quantos ataques, em média, sistemas do Estado sofrem ataques.

“Faz parte da nossa política de segurança não detalhar esses números, até para não incentivar os hackers ainda mais”, informou o órgão através de nota. 

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Cuidados e prevenção

O cenário tecnológico mostra que os ataques hackers estão cada vez mais constantes e estar preparado para combatê-los não é tarefa simples.

As técnicas utilizadas pelos hackers são sempre renovadas e buscam o sequestro de dados e oportunidades.

O Presidente da Associação Amazonense dos profissionais de Tecnologia e Inovação (AATEC), Wescley Davydisson Gomes Rabelo, sugere ações que podem ser utilizadas para anular esses ataques.

No meio corporativo, estar preparado para tudo isso é complexo, segundo ele. Os profissionais precisam estar com os investimentos na área de Tecnologia da Informação (TI) em dias e contar com apoio direto da alta gestão.

“Com seus processos bem definidos e constantemente revisados será possível evitar muitas dessas invasões, e caso alguma não seja evitada a equipe de TI estará apta e preparada a fazer com que os serviços paralisados com a invasão, voltem à normalidade”, comentou Wescley.

Para ele, se a empresa contar com uma equipe bem alinhada terá sucesso.

“Assim, uma equipe de TI, observando todos os pontos e ajustando-os, sairá bem sucedida ou minimamente estressada em situações de ataques hackers”, disse. 

 

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