A Amazon anunciou nesta quarta-feira (4), a demissão de mais de 18 mil funcionários, incluindo alguns, na Europa.
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O presidente executivo da Amazon, Andy Jassy, anunciou a demissão.
Como justificativa, a gigante do varejo online cita a “economia incerta” e as contratações repentinas que precisou fazer durante a pandemia da covid-19.
O plano de demissões é o maior entre os recentes anúncios de cortes de empregos que afetam o setor de tecnologia dos Estados Unidos (EUA).
O corte mais severo da história também está sendo na empresa sediada em Seattle.
Andy Jassy, executivo-chefe do grupo norte-americano, afirma que o anúncio foi adiantado após a informação ser vazada.
“Normalmente, esperamos para comunicar sobre esses resultados até que possamos falar com as pessoas diretamente afetadas. No entanto, como um de nossos colegas vazou essa informação externamente, decidimos que era melhor compartilhar essa notícia antes para que você pudesse ouvir os detalhes diretamente de mim”, comunicou.
“Entre as reduções que fizemos em novembro e as que compartilhamos hoje, planejamos eliminar pouco mais de 18.000 posições”, disse em comunicado aos funcionários.
Jassy também destacou que a administração da empresa estava “profundamente ciente de que esses cortes de empregos são difíceis para as pessoas e não tomamos essas decisões levianamente”.
“Estamos trabalhando para apoiar os afetados e oferecer pacotes que incluem indenização, seguro médico temporário e ajuda externa para encontrar trabalho”, acrescentou.
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Algumas das demissões ocorrerão na Europa, segundo Jassy, que acrescentou que os trabalhadores afetados serão informados a partir de 18 de janeiro.
O anúncio repentino, observou Jassy, estava sendo feito porque “um de nossos colegas de equipe vazou essa informação externamente”.
O jornal especializado Wall Street Journal, noticiou anteriormente que cortes de empregos na Amazon poderia afetar cerca de 17 mil funcionários, um número maior do que o estimado, já que a empresa já havia anunciado planos para cortar cerca de 10 mil empregos em novembro.
“A Amazon enfrentou economias incertas e difíceis no passado e continuaremos a fazê-lo”, disse Jassy.
No final de setembro, o grupo tinha 1,54 milhão de funcionários em todo o mundo, sem incluir trabalhadores sazonais que atuam em períodos de maior atividade, especialmente durante as férias de fim de ano.
No período da pandemia, a empresa fez contratações massivas para atender à demanda, dobrando assim sua equipe globalmente entre 2020 e 2022.
No entanto, o lucro líquido da empresa caiu 9% ano a ano no terceiro trimestre.
Grandes plataformas de tecnologia – muitos com modelos de negócios baseados em anúncios – enfrentam cortes orçamentários e anunciantes cortando gastos em meio à inflação e aumento das taxas de juros.
A Meta, empresa controladora do Facebook, por exemplo, anunciou em novembro o corte de 11 mil empregos, aproximadamente 13% de sua força de trabalho.
O Twitter, comprado em outubro pelo magnata Elon Musk, demitiu quase metade de seus 7,5 mil funcionários. Enquanto o Snapchat cortou cerca de 20% de seus funcionários em agosto, o equivalente a 1,2 mil pessoas. /AFP