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Tecnologia de empresa em SP faz diagnóstico de mesmo parasita revelado em tórax de paciente; conheça

Imagem revela parasitas no tórax de paciente - Foto: Reprodução/Twitter @vitorborin_

Imagem revela parasitas no tórax de paciente - Foto: Reprodução/Twitter @vitorborin_

O médico paulista Vitor Borin de Souza viralizou, desde domingo (18), uma postagem no Twitter com exame do tórax de um paciente repleto de ovos de tênia.

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Vitor explicou que o quadro envolvia um diagnóstico de cisticercose, com apresentação de tosse constante há dois meses.

Ele ressalta que nas imagens é possível perceber que os ovos de tênia localizados no corpo já estavam mortos, calcificados, e não apresentavam riscos.

O parasita tênia pode ser evitado com a adoção de melhor higiene de alimentos.

Segundo a empresa de biotecnologia BioBrasil, o verme também pode ser diagnosticado, de forma mais rápida, por meio de exames como o que utiliza o DAPI.

Exames com o DAPI

O tênia é um dos inúmeros tipos de parasitas que podem ser descobertos no corpo em exames com o uso do Diagnóstico Automatizado de Parasitos Intestinais, também chamado de DAPI.

A inovação da BioBrasil, empresa localizada em São Paulo, une medicina, ciência da computação, química e biologia.

“O DAPI faz o processamento de fezes através da técnica TF-Test, que compreende a coleta de três amostras em dias alternados, com uso de líquido preservador, e o processamento através do sistema de centrifugação composto de conjunto processador com duas telas filtrantes”, explica o gerente de produtos, Fábio Freitas.

A parte da leitura acontece através de microscópio motorizado controlado por computador. O software foi desenvolvido especificamente para realizar o diagnóstico de parasitas intestinais.

A rapidez na leitura permite maior eficácia do exame.

“O equipamento tem capacidade para ler de 4 a 16 laminas por vez e lê em apenas 3 minutos toda a extensão da lâmina de 22 para 22 milimetros, uma área com cerca de 2 mil campos de microscopia. Ou seja, esse sistema aumenta a eficácia de diagnostico dos parasitas”, detalha Celso Suzuki – Mestre em ciência da computação e pesquisador do Lids-Unicamp.

O sistema possui, para cada espécie parasitária, um banco de imagens de parasitos com diversas variações de tamanho e deformações morfológicas.

Com isso, através da comparação da imagem do exame e do sistema, a BioBrasil divulga que o diagnóstico se torna preciso, seguro e ágil.

Aparelho que realiza exame DAPI – Foto: Reprodução/BioBrasil


Relato do médico

A cisticercose é uma condição existente quando há contato com fezes humanas infectadas com o ovo da tênia, que pode afetar o cérebro, os músculos e outros tecidos do corpo.

Os pacientes geralmente são infectados a partir da ingestão de água ou alimentos contaminados ou pela má higiene das mãos.

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Cisticercose e Teníase


As duas doenças são causadas pelo mesma espécie de parasita: Taenia solium ou Taenia saginata (apenas teníase).

A teníase (também conhecida como ‘solitária’) é provocada pela presença do parasita no intestino delgado e é adquirida ao ingerir carne bovina ou suína mal cozidas e com larvas. Geralmente é assintomática, mas pode causar dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação.

O nome teníase vem de tênia, um verme achatado que só vive no intestino das pessoas e pode chegar a até 4 metros de comprimento na fase adulta.

Por viver sozinha no intestino, a tênia é chamada também de “solitária”.

Já a cisticercose é caracterizada pela presença da larva da Taenia solium nos tecidos e geralmente pode estar presente em verduras e legumes mal lavados ou água contaminada.

Suas manifestações dependem do local atingido, da quantidade de larvas, da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro.

As formas mais graves estão localizadas no sistema nervoso central e se manifestam por meio de convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intra-craniana e sintomas oftalmológicos.

Os sintomas da cisticercose variam e dependem de onde o parasita está alojado.

Quando o verme está na musculatura, causa inchaço, inflamação e dificuldade nos movimentos.

Ele também pode chegar ao cérebro (neurocisticercose) e o paciente ter dores de cabeça frequentes, convulsões e confusão mental.

Já a cisticercose ocular é um quadro pode levar à cegueira.

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