Uma pesquisa no Amazonas está avaliando o uso de óleos essenciais como anestésicos e redutores de estresse no transporte do tambaqui.

O estado procura definir as melhores concentrações dos óleos que apresentaram maior biossegurança.

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A pesquisa é conduzida pela Embrapa Amazônia Ocidental (AM) e desenvolvida pelo biólogo Franmir Brandão.

Foram avaliados os óleos das plantas alecrim-pimenta ou alecrim grande (Lippia sidoides), hortelã-pimenta (Mentha piperita) e erva-cidreira ou cidrão (Aloysia triphylla).

Objetivos

O intuito principal da pesquisa foi determinar os tempos e as concentrações adequadas para a indução e recuperação anestésica do tambaqui.

Em seguida, é avaliado as respostas fisiológicas do peixe em situação de transporte simulado em rodovia.

Anestésicos no manejo

Outra pesquisadora envolvida no estudo, Edsandra Chagas, explicou que o uso dos óleos no cotidiano da piscicultura facilita o manejo e auxilia no bem-estar dos peixes.

O trabalho de ambos traz a primeira avaliação do uso das plantas no transporte de tambaqui com resultados fisiológicos mais detalhados.

A escolha das três espécies de plantas avaliadas levou em consideração seus compostos majoritários anestésicos e informações da literatura científica sobre a atividade biológica em outros organismos.

Resultados

Um dos dados consequentes da pesquisa é de que o óleo essencial de alecrim-pimenta, na concentração de 30 miligramas por litro (mg/L) foi o de maior eficiência.

Ele apresentou resultado com menor tempo de indução e de recuperação, com 4,52 e 9,84 minutos respectivamente.

Além disso, os óleos essenciais de alecrim-pimenta e hortelã-pimenta influenciaram positivamente na qualidade da água do transporte.

Houve uma redução dos níveis de amônia total e nitrito e não apresentaram efeitos neurotóxicos em tambaquis. 

Tratando-se de melhor recomendação para o transporte do peixe, a concentração de 20 mg/L do óleo essencial de alecrim-pimenta apresentou melhores resultados.

“É importante que os novos anestésicos a serem utilizados na aquicultura tragam resultados satisfatórios para os produtores, com respeito às diretrizes ambientais, contribuindo para desenvolvimento do setor produtivo e para a maior biosseguridade e biossegurança no segmento”, disse Franmir Brandão.

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Peixes no mercado

Segundo o biólogo, a aplicação dos resultados da pesquisa na preparação de um produto final que possa chegar ao mercado ainda depende de mais estudos.