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Nobel da Paz 2023 vai para ativista iraniana Narges Mohammadi

Narges Mohammadi- Arte: Niklas Elmehed/ Nobel Prize Outreach

Narges Mohammadi- Arte: Niklas Elmehed/ Nobel Prize Outreach

Narges Mohammadi, ativista iraniana, de 51 anos, venceu o Prêmio Nobel da Paz por por “sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e pela sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos”, segundo a academia.

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O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (6). O valor do prêmio é de cerca de R$ 5 milhões (11 mil coroas suecas).

“Narges Mohammadi é uma mulher, defensora dos direitos humanos e lutadora pela liberdade. Ao atribuir-lhe o Prêmio Nobel da Paz deste ano, o Comitê Norueguês do Nobel deseja homenagear a sua corajosa luta pelos direitos humanos, pela liberdade e pela democracia no Irã”, diz um trecho do comunicado do comitê.

Atualmente ela está presa e condenada no total a mais de 30 anos de prisão e 154 chibatadas.

Ela vem liderando a luta histórica das mulheres no Irã contra a opressão do atual regime, que começou após a morte da jovem Mahsa Amini, presa por “uso incorreto” do véu islâmico obrigatório no país.

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Nobel de 2022

Em 2022, a Academia Sueca premiou o defensor dos direitos humanos Ales Bialiatski, da Bielorrússia, à organização russa de direitos humanos Memorial e à organização ucraniana de direitos humanos Center for Civil Liberties foram os vencedores do Nobel da Paz.  

Como funciona o Nobel da Paz

O prêmio Nobel da Paz é concedido, desde 1901, a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade, conforme o desejo de se criador, o inventor sueco Alfred Nobel. Ele é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz.

O prêmio é entregue pelo Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros escolhidos pelo Parlamento norueguês.

O vencedor recebe, além de uma medalha de ouro, uma premiação em dinheiro.

Em 2023, a Fundação Nobel afirmou que os ganhadores do Premio Nobel irão receber 11 milhões de coroas suecas (R$ 4,8 milhões), uma premiação maior do que nos anos anteriores.

Indicar uma pessoa a um prêmio Nobel é relativamente simples. O comitê organizador distribui (e fornece em seu site) formulários para centenas de formadores de opinião.

As fichas com as sugestões são enviadas até o fim de janeiro de cada ano e então cada uma delas é avaliada até outubro, quando os vencedores são anunciados.

Ao longo desse processo, a lista é reduzida para uma versão menor, com no mínimo cinco e no máximo 20 nomes, que são revisados.

Os jurados debatem essa lista e buscam alcançar o consenso – quando ele não acontece, a escolha se dá por votação.

A entrega dos prêmios ocorre em dezembro. Mas pode acontecer de o comitê decidir que ninguém mereceu vencer o Nobel da Paz naquele ano – a honraria não foi entregue em 20 ocasiões, a mais recente delas em 1972.

Ate hoje, cinco vencedores não puderam participar da cerimônia em Oslo.

Em 1936, o jornalista e pacifista alemão Carl von Ossietzky estava em um campo de concentração nazista.

Em 2010, o dissidente chinês Liu Xiaobo foi preso e, portanto, sua cadeira, na qual o prêmio foi depositado, ficou simbolicamente vazia.

Desde 1974, os estatutos da Fundação Nobel estipulam que um prêmio não pode ser concedido postumamente, a menos que a morte ocorra após o anúncio do nome do vencedor.

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