A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, anunciou na quarta-feira (25) a inclusão de vozes de celebridades em seu chatbot de inteligência artificial, o Meta AI. Usuários dessas plataformas agora poderão interagir com vozes que imitam as de figuras como John Cena e Judi Dench. As vozes, no entanto, não são dos próprios atores, mas de um chatbot de IA treinado para replicá-las.

Com essa atualização, os usuários poderão conversar em tempo real com o chatbot, escolhendo entre vozes de celebridades ou geradas por computador.

A Meta fez parcerias com atores como John Cena, Judi Dench, Kristen Bell, Awkwafina e Keegan-Michael Key para treinar o chatbot e replicar suas vozes de maneira fiel.

Essa nova funcionalidade surge em um momento em que a Meta busca manter a competitividade em relação a outros chatbots de IA, como o ChatGPT, que recentemente lançou seu próprio modo de voz avançado.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que o Meta AI está caminhando para ser o “assistente de IA mais usado no mundo” até o final do ano, impulsionado pelo uso diário de mais de 3 bilhões de pessoas nas plataformas da empresa.

Vozes de celebridades com IA

O anúncio da Meta ocorre pouco tempo após uma controvérsia envolvendo a OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT. No início deste ano, a OpenAI foi criticada por lançar um modo de voz com uma demonstração que lembrava a atriz Scarlett Johansson.

Embora a OpenAI tenha negado que a voz fosse baseada em Johansson, a empresa suspendeu o uso do recurso. Ao contrário dessa situação, a Meta formou parcerias formais com as celebridades cujas vozes foram usadas em seu chatbot.

Zuckerberg apresentou a nova função durante a Meta Connect, conferência anual da empresa, onde também divulgou outros avanços em IA, uma nova versão dos óculos de realidade virtual Quest e melhorias na linha de óculos de realidade aumentada Ray-Ban.

Novas capacidades de IA

Além das vozes de celebridades, a Meta anunciou que sua tecnologia de IA será capaz de traduzir e dublar automaticamente vídeos Reels em línguas estrangeiras.

Por exemplo, se um usuário brasileiro encontrar um vídeo originalmente em inglês, ele será exibido como se tivesse sido produzido em português, com uma dublagem que sincroniza os movimentos da boca do falante.

A Meta também planeja introduzir mais conteúdo gerado por IA no feed dos usuários do Facebook e Instagram, com base em seus interesses e tendências atuais, através do recurso “imaginado para você”. A empresa ainda não deixou claro se os usuários poderão optar por não ver esse conteúdo.

Os óculos de realidade virtual da Meta, Quest, também receberão atualizações, incluindo tradução ao vivo habilitada por IA, permitindo que um usuário converse com alguém em uma língua estrangeira e ouça a tradução em tempo real.

O protótipo “Orion”

Outro destaque da apresentação foi o “Orion”, um protótipo de óculos avançados que promete funcionalidades de realidade aumentada (RA) em um design que se assemelha a óculos comuns, embora ainda volumosos.

Diferentemente dos headsets tradicionais, como o Meta Quest, os óculos Orion usam hologramas em lentes transparentes, criando a ilusão de que e-mails, mensagens de texto ou até imagens 3D de amigos estão flutuando ao redor do usuário.

Zuckerberg descreveu os óculos Orion como os “mais avançados que o mundo já viu”, embora eles ainda não estejam disponíveis para o público. A Meta continuará experimentando o protótipo internamente e permitirá que desenvolvedores criem softwares para os óculos antes de seu lançamento comercial.

*Com informações de CNN.

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