A segurança digital no Brasil está em alerta com o crescente número de ataques de vírus bancários, também chamados de trojans, que comprometem a privacidade de milhões de usuários. Entre 2023 e 2024, mais de 1,6 milhão de dispositivos móveis foram alvos de ataques de malware, especialmente trojans bancários, que roubam informações sensíveis.

Nesta matéria, entenda o que são esses vírus, quais são os trojans mais comuns no Brasil, como evitá-los e o que fazer em caso de infecção.

O que é um vírus bancário?

Vírus bancários são malwares projetados para roubar dados financeiros, como senhas e informações de contas bancárias. Normalmente, esses vírus são instalados por meio de links maliciosos ou downloads infectados, sem que o usuário perceba.

Ao acessar o dispositivo, o vírus bancário pode interceptar transações e enviar informações financeiras para os criminosos, comprometendo gravemente a segurança e a privacidade do usuário.

Como proteger o celular de vírus

  1. Evite Clicar em Links Suspeitos: A maioria dos trojans bancários utiliza táticas de phishing, que são mensagens falsas que parecem confiáveis, mas contêm links maliciosos. Evite clicar em links desconhecidos e sempre verifique a procedência dos e-mails e mensagens.
  2. Use Senhas Fortes e Exclusivas: Criar senhas únicas para cada conta torna muito mais difícil para hackers acessarem informações confidenciais, mesmo que uma conta seja comprometida.
  3. Mantenha o Dispositivo Atualizado: Atualizações de sistema geralmente corrigem falhas de segurança que podem ser exploradas por vírus bancários. Verifique sempre se o sistema e aplicativos estão na versão mais recente.
  4. Instale Ferramentas de Segurança: Um antivírus confiável é uma linha de defesa importante para detectar e remover ameaças. Há opções no mercado com funcionalidades específicas para combater vírus bancários, notificando o usuário sobre qualquer atividade suspeita.

Principais vírus bancários no Brasil

Segundo o relatório “Panorama de Ameaças da Kaspersky”, o Brasil registrou um aumento de 87% nos ataques de vírus bancários no último ano, com uma média de mais de 4.600 tentativas de infecção por dia. Entre os trojans mais comuns no Brasil estão:

  • Trojan-Banker.Win32.Banbra: Esse malware intercepta transações financeiras e redireciona valores para contas sob controle de hackers. Ele usa keyloggers para registrar dados inseridos pelo usuário, como senhas e números de cartão.
  • Grandoreiro: Com um índice de 16,83% das infecções na América Latina, este trojan é conhecido por evoluir e criar novas variantes, mesmo após prisões de operadores. Ele ataca contas bancárias, e seus desenvolvedores adaptam o malware continuamente para burlar novas proteções.

Meu celular foi infectado por um vírus, o que fazer?

Caso seu dispositivo seja infectado, siga esses passos:

  1. Desconecte o Dispositivo da Internet: Isso impede que o malware continue enviando informações para os criminosos.
  2. Restaure as Configurações de Fábrica: Ao resetar o dispositivo, você remove o malware, mas também apaga todos os dados. Faça backup das informações essenciais antes de proceder.
  3. Troque as Senhas: Alterar as senhas de todas as contas acessadas pelo celular, especialmente bancárias, é crucial. Opte por senhas fortes e exclusivas e, se possível, ative a autenticação em duas etapas.
  4. Instale um Antivírus Confiável: Após restaurar o dispositivo, um bom antivírus ajudará a proteger contra futuras ameaças, monitorando atividades suspeitas.
  5. Informe o Banco: Alguns bancos têm suporte especializado para vítimas de fraudes. Notifique a instituição sobre o ocorrido para medidas adicionais de segurança.