A Meta, dona de plataformas como Facebook, Instagram e Threads, anunciou uma mudança significativa em suas Diretrizes da Comunidade, permitindo a publicação de conteúdos que associem a identidade de gênero e a orientação sexual a doenças mentais.

As alterações entram em vigor a partir desta terça-feira (7) para usuários que falam inglês, inicialmente nos Estados Unidos.

Essa atualização afeta diretamente as políticas de moderação de conteúdo, especialmente em tópicos relacionados a gênero, orientação sexual e imigração.

A Meta é dona de plataformas como Facebook, Instagram e Threads – Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP

De acordo com a Meta, agora serão permitidas publicações que associem pessoas transgêneros, gays ou bissexuais a transtornos mentais, principalmente quando o conteúdo estiver vinculado a debates religiosos ou políticos sobre questões como sexualidade.

Embora as mudanças sejam amplamente discutidas no contexto de debates culturais e políticos, a Meta não esclareceu se a nova abordagem será aplicada em todos os países ou se se limitará a mercados específicos, como os EUA.

A política para conteúdos em português ainda não sofreu alterações, e a empresa não forneceu mais detalhes sobre sua implementação global.

Meta vai acabar com checagem de fatos

Essas modificações fazem parte de um pacote mais amplo de mudanças na política de desinformação e no combate ao discurso de ódio, anunciadas pelo CEO Mark Zuckerberg, que prometeu reduzir o número de filtros e checadores de fatos em conteúdos.

O novo sistema de moderação de conteúdo da Meta é inspirado no modelo adotado pelo X, rede social de Elon Musk.

Entre as principais modificações, a Meta agora permitirá postagens que defendam limitações de gênero em funções específicas, como serviço militar, polícia e ensino.

Isso inclui a autorização para conteúdos que aleguem que mulheres não são adequadas para atuar em áreas como o exército ou que pessoas trans não deveriam ser professores.

Apesar das mudanças, algumas restrições permanecem inalteradas. A Meta continuará moderando conteúdos que envolvam discurso de ódio, como comparações desumanizantes entre pessoas e animais, além de estereótipos prejudiciais, como aqueles relacionados à violência ou à negação do Holocausto.

Também seguirão proibidos os insultos à aparência física, capacidade mental e caráter das pessoas, bem como as calúnias que neguem a existência de grupos protegidos ou zombem de vítimas de crimes de ódio.

Com informações da CNN.