No Amazonas, as cidades de Manaus, Manacapuru e São Paulo de Olivença estão entre as cidades com mais adeptos ao Swing no Brasil. A prática envolve a troca de casais, de forma consensual, em busca de novas experiências sexuais.
O swing está se tornando cada vez menos tabu no Brasil. De norte a sul, de grandes capitais a cidades menores, o estilo de vida está ganhando cada vez mais espaço.
Para entender melhor essa revolução comportamental, o aplicativo Ysos, especializado em conectar pessoas interessadas na prática, realizou um levantamento revelador. Com mais de 2 milhões de usuários, o app traçou o perfil dos adeptos em cada estado, revelando os três municípios com maior concentração de “swingueiros”.
De acordo com o head de marketing do app, Gustavo Ferreira, os dados mostram que o swing já não é mais uma prática restrita a grandes centros urbanos.
“Em todos os estados brasileiros, há cidades liderando a adesão ao movimento. No Acre, por exemplo, Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Acrelândia concentram os maiores números de adeptos. No Rio de Janeiro, o trio de destaque é formado pela capital, Niterói e Nova Iguaçu”, explica.
O Top 3 pelo Brasil
Os números também indicam tendências regionais.
- No Nordeste: Salvador, Fortaleza e Recife lideram o número de usuários.
- No Sul: capitais como Curitiba e Porto Alegre dividem espaço com cidades interioranas como Caxias do Sul e Londrina.
- No Centro-Oeste: Brasília, Goiânia e Cuiabá são os principais polos.
- No Norte: além de Manaus e Belém, cidades menores como Manacapuru (AM) e Parauapebas (PA) mostram que a prática vai além das capitais.
- No Sudeste: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro destacam-se como grandes epicentros.
Mapeando o Swing: os destaques
O levantamento do Ysos revelou que os dados vão além da geografia. O perfil dos usuários também traça um panorama diverso da prática. No quesito gênero, 45% dos adeptos são casais, enquanto 38% são homens e 14% mulheres. Outras identidades como crossdressers e travestis correspondem a 3% da base do Ysos.
Em termos de preferências, as configurações de perfil reforçam a pluralidade do swing. Casais “ele/ela” lideram as preferências (45,03%), seguidos por mulheres (27,61%) e homens (23,54%). Além disso, interesses como “casais ela/ela” (10,37%) e “mulheres trans” (10,33%) indicam uma crescente abertura para novas possibilidades dentro do universo do swing.
Faixa Etária e o futuro do Swing
A faixa etária dos praticantes também chamou atenção. A maioria (37,40%) está entre 25 e 34 anos, seguida por usuários de 35 a 44 anos (28,63%). Apesar de menos expressivos, jovens de 18 a 24 anos (10,54%) e pessoas acima de 55 anos (7,50%) também demonstram interesse no swing, mostrando que a prática não tem uma faixa etária específica.
O Swing na era digital
Para Gustavo, o Ysos desempenha um papel crucial na normalização do swing no Brasil.
“Nosso papel é conectar pessoas, facilitando diálogos abertos sobre o tema. O levantamento é apenas um reflexo de como a sexualidade está se transformando, incorporando novas práticas e derrubando tabus”, afirma.