Obras de pesquisas na Amazônia são finalistas no Prêmio Jabuti 2024. O mais prestigiado prêmio literário do Brasil é concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).
Aiala Colares, Sandoval Amparo, Maria Betânia B. Albuquerque e Wladimyr Sena Araújo receberam com alegria a notícia publicada no site oficial da premiação.
Amazônia no Prêmio Jabuti 2024
Tradicionalmente voltado para a literatura, o Prêmio Jabuti agora inclui também o Prêmio Jabuti Acadêmico.
Ele reconhece contribuições nas áreas científicas, técnicas e profissionais.
Geopolítica do narcotráfico na Amazônia
O professor Aiala Colares, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), é quilombola e concorre com o livro “Geopolítica do narcotráfico na Amazônia”.
A obra explora como o tráfico de drogas se expandiu pela região amazônica. Colares contou ao site G1 que, embora seja quilombola, se mudou para Belém ainda jovem e viveu nas periferias. Lá, ele presenciou o impacto da criminalidade e do tráfico de drogas.
Desordem territorial na América Latina
O professor Sandoval Amparo, também da Uepa, é finalista com o livro “Da ordem cósmica à desordem territorial: a geograficidade ameríndia no chão de Abya Yala ou América Latina”.
Em entrevista à Agência Pará, Amparo expressou felicidade com a indicação, destacando o reconhecimento do trabalho realizado em Conceição do Araguaia, município a 15 horas de Belém.
Ele mencionou a importância de valorizar a periferia da Amazônia e do Brasil.
Mestres da Ayahuasca
Maria Betânia B. Albuquerque e Wladimyr Sena Araújo são finalistas na categoria “Ciências da Religião e Teologia” com a obra “Mestres da ayahuasca: em contextos religiosos”.
Maria destacou a importância de dar visibilidade a uma religião da floresta, de tradições ancestrais e indígenas, criada na Amazônia por trabalhadores dos seringais.
Impacto do Prêmio Jabuti
O Prêmio Jabuti, ao incluir obras que abordam temas cruciais da Amazônia, reconhece e valoriza a diversidade cultural e científica da região.
Os finalistas deste ano representam a riqueza de conhecimentos e perspectivas que emergem da floresta amazônica e suas comunidades.
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