Os bois Caprichoso e Garantido manifestaram-se contra o edital que prevê a contratação de uma empresa para a venda de ingressos do Festival de Parintins. As agremiações posicionaram-se por meio de nota, publicada nesta quarta-feira (18).

No documento, os bumbás descrevem o edital como uma “grave violação da autonomia das associações”. Além disso, alegam que a decisão compromete o setor financeiro das agremiações e impacta negativamente os artistas e demais profissionais envolvidos.

Em nota, ainda informaram que a decisão teria acontecido de forma “unilateral e sem consulta prévia das agremiações responsáveis pelo evento”. Capricho e Garantido também destacaram que novo modelo afeta acordos com patrocinadores antigos.

O Portal Norte solicitou um posicionamento Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC-AM).

Caprichoso e Garantido em nota

Em nota, as Associações Boi-Bumbá Garantido e Caprichoso afirmaram não reconhecer a legitimidade do Edital de Dispensa de Licitação nº 007/2024, publicado SEC-AM.

As associações ressaltaram que a comercialização de ingressos é “indispensável para o financiamento dos espetáculos” e que a medida compromete a viabilidade do evento, a dignidade de trabalhadores e artistas, e parcerias históricas com patrocinadores.

Na nota, reforçaram que o festival é “um patrimônio cultural do povo amazonense” e pediram a suspensão do processo, defendendo o diálogo como essencial para preservar as tradições e a autenticidade do evento.

Veja:

Suspensão da venda de ingressos do Festival de Parintins

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) para suspender a venda de ingressos do Festival de Parintins 2025. O órgão alega práticas abusivas.

A ação exige que, no mínimo, 50% dos ingressos sejam vendidos avulsamente, promovendo maior acessibilidade. Além disso, buscam evitar a prática de “venda casada”, proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

Também busca assegurar o benefício da meia-entrada para grupos prioritários.

O MPAM solicita R$ 1,5 milhão em danos morais coletivos e requer a aplicação de multas diárias caso as medidas sejam descumpridas.

Baseada em um inquérito que identificou irregularidades anteriores, a ACP visa garantir uma relação de consumo justa e equilibrada, beneficiando principalmente consumidores vulneráveis.

Confira todos os detalhes aqui.