Nesta quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandará uma cerimônia no Palácio do Planalto para marcar os dois anos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

O evento simboliza o repúdio ao golpismo no Brasil e contará com a reincorporação de 21 obras de arte restauradas após terem sido vandalizadas durante a invasão ao palácio.

Entre os atos programados, haverá uma sessão pública com autoridades, além do “Abraço da Democracia”, uma atividade aberta ao público na Praça dos Três Poderes.

Ainda não se sabe se todos os chefes dos Poderes estarão presentes no evento.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, já informou que será representado pelo vice-presidente, ministro Edson Fachin.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), será representado por seu vice, Veneziano Vital do Rêgo (MDB).

“Em razão de viagem ao exterior, programada anteriormente, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não poderá participar dos eventos programados para a próxima quarta-feira, em Brasília, em lembrança aos dois anos do 8 de Janeiro”, informou a assessoria de Pacheco.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) ainda não confirmou presença.

Obras restauradas

Na segunda-feira (6), cinco obras restauradas foram entregues ao Palácio do Planalto, incluindo o famoso quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, que sofreu sete perfurações.

A escultura de bronze O Flautista, de Bruno Giorgi, quebrada em quatro partes, foi totalmente recuperada, assim como a ídria italiana renascentista, que passou por técnicas avançadas de restauração.

Outras peças devolvidas incluem a escultura Vênus Apocalíptica Fragmentando-se, de Marta Minujín, e Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg.

Todas as obras foram transportadas pela rampa do Palácio do Planalto devido ao tamanho, que impede o uso do elevador.

Destaques da cerimônia

O presidente Lula fará o descerramento oficial do quadro de Di Cavalcanti no Salão Nobre.

Outro destaque será a devolução do relógio do século 17, um presente da corte francesa ao imperador Dom João VI, destruído na invasão.

A peça, restaurada na Suíça em parceria com a Embaixada da França, volta ao acervo totalmente revitalizada.

Estrutura de restauração

Para a recuperação das obras, foi criada uma estrutura inédita de restauração no Palácio da Alvorada.

A iniciativa contou com a parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com investimento de R$ 2,2 milhões.

*Com informações da Agência Brasil