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Governo Bolsonaro segue influenciando dólar e moeda dispara após ministro Guedes falar em ‘licença’ para elevar gastos

O ministro da economia, Paulo Guedes, falou em “licença” para furar o teto de gastos após confirmar o Auxílio Brasil com valor de R$ 400 até dezembro do ano que vem. A afirmação do “chefe da economia” no país” na quarta-feira, 20, foi o suficente para a cotação do dólar disparar na manhã desta quinta-feira, 21.

No horário de 10h10 (Brasília), a moeda norte-americana saltava 1,71%, vendida a R$ 5,6535. Na maior cotação do dia até o momento chegou a R$ 5,6750, renovando máximas que não eram atingidas desde meados de abril.

A Bovespa também sofre influência e opera em queda de mais de 1% em meio aos temores de descontrole fiscal.

Apesar do quadro, o Banco Central ainda não anunciou venda de dólares, mas agentes financeiros não descartam que isso ocorra.

Na terça-feira, 19, o mercado já dava sinais de que não toleraria notícias sobre as intenções do governo de pagar parte do Auxílio Brasil fora do teto de gastos. Houve queda na bolsa, elevação dos juros futuros e aumento do dólar frente ao real.

Os preços de produtos no mercado brasileiro também continuam sofrendo com a variação do câmbio. Alimentos e combustíveis são alguns exemplos.

 

Atitudes do governo

A afirmação do ministro Paulo Guedes sobre elevação dos gastos foi interpretada pelo mercado como derrota da equipe econômica na luta contra planos de romper o teto de gastos.

O teto de gastos está em vigor desde 2016 e não permite o crescimento das despesas do governo acima da inflação do ano anterior, de forma a reduzir o endividamento público e evitar descontrole dos gastos públicos.

 

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