O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira, 11, o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro e de 2021.
De acordo com os dados, em dezembro o IPCA subiu 0,73%, 0,22 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,95% registrada em novembro.
O ano de 2021 encerrou com variação de 10,06%, acima dos 4,52% registrados em 2020. Em dezembro de 2020, a variação havia sido de 1,35%.
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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro.
A maior variação veio de Vestuário (2,06%), que acelerou em relação a novembro (0,95%).
Na sequência, vieram Artigos de Residência (1,37%) e Alimentação e bebidas (0,84%), grupo este que contribuiu com o maior impacto no índice do mês (0,17 p.p.).
Além disso, destacam-se as variações de Habitação (0,74%) e Transportes (0,58%), inferiores às observadas no mês anterior (1,03% e 3,35%, respectivamente).
O grupo Saúde e cuidados pessoais, por sua vez, teve alta de 0,75%, após a queda de 0,57% em novembro. Os demais ficaram entre o 0,05% de Educação e o 0,56% de Despesas pessoais.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, passou de -0,25% em novembro para 0,98% em dezembro.
O lanche e a refeição tiveram variação idêntica (1,08%) e contribuíram, juntos, com 0,06 p.p. no índice do mês.
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Estados
No que concerne aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em dezembro.
A maior variação ocorreu no município de Rio Branco (1,18%), por conta dos itens de higiene pessoal (3,34%) e dos automóveis novos (3,37%).
Já o menor resultado foi observado em Brasília (0,46%), onde pesou a queda nos preços da gasolina (-3,38%).
IPCA fecha 2021 com alta de 10,06%
O IPCA encerrou o ano com variação de 10,06%, acima dos 4,52% registrados em 2020. Na tabela abaixo, pode-se observar as variações mensais do índice em 2021.
O resultado de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 p.p.) no acumulado do ano.
Na sequência vieram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e Alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.
Cabe mencionar ainda as variações acumuladas dos grupos Artigos de residência (12,07%) e Vestuário (10,31%). Este último havia sido o único grupo com deflação no ano anterior.
A alta de 21,03% do grupo Transportes está relacionada principalmente ao comportamento do preço dos combustíveis (49,02%) ao longo de 2021.
A gasolina, subitem de maior peso no IPCA, subiu 47,49%, e o etanol, 62,23%. Apenas nos meses de abril e dezembro houve queda nos preços dos combustíveis.
O utro destaque foi o gás de botijão (36,99%), cujos preços subiram em todos os meses de 2021. Com isso, o subitem contribuiu com o 2° maior impacto dentro do grupo (0,41 p.p.).
INPC sobe 0,73% em dezembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 0,73% em dezembro, mesma variação do IPCA.
O resultado ficou 0,11 p.p. abaixo do registrado no mês anterior (0,84%). Em 2021, o INPC fechou o ano com alta de 10,16%, acima dos 5,45% registrados em 2020.
Em dezembro de 2020, a taxa foi de 1,46%.
Após a variação negativa registrada em novembro (-0,03%), os produtos alimentícios tiveram alta de 0,76% em dezembro. Já os não alimentícios tiveram variação menor que a do mês anterior, passando de 1,11% em novembro para 0,72% em dezembro.
Estados INPC em dezembro
Quanto aos índices regionais, todas as áreas registraram variação positiva em dezembro
O menor índice foi observado na região metropolitana de Curitiba (0,29%), por conta da queda nos preços da gasolina (-1,28%) e do etanol (-4,37%).
Já a maior variação foi registrada na região metropolitana de Salvador (1,18%), influenciada pelas altas nos preços dos itens de higiene pessoal (3,29%) e da taxa de água e esgoto (8,73%).
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