Após quatro dias consecutivos de queda, o dólar chegou a operar abaixo de R$ 5 durante parte desta quarta-feira, 23, e acabou fechando a R$ 5. A queda é de 0,94%, cotado a R$ 5,0037.
É a primeira vez desde junho de 2021 que o valor chega a esse nível.
A moeda norte-americana teve a baixa mínima de R$ 4,998 e máxima de R$ 5,051.
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Segundo o economista Bruno René da Silva Barroso, de 33 anos, a baixa do dólar acontece por conta da queda de valores de ativos brasileiros.
“Os juros altos, dentre outros fatores domésticos, geraram uma queda nos preços de ativos brasileiros como ações e títulos públicos. Entre janeiro e fevereiro de 2022, quando acentuou a queda do dólar no mercado nacional, foi uma confluência de fatores de ingresso internacional de recursos para Investimentos Diretos no País, o IDP”, comentou Bruno René.
*Dados do Banco Central
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O economista acredita que o valor da moeda americana voltará a subir por conta da crise na Ucrânia.
“Não podemos afirmar que o dólar ao nível de R$ 5,10 se permanecerá durante todo o ano de 2022, pois podemos ter um agravamento da crise Ucrânia e Rússia, além do mercado permanecer com a expectativa de R$ 5,50 o dólar”, explicou.
Para Bruno René, o efeito da cotação pode ajudar a diminuir o preço da gasolina.
“Essa baixa momentânea, a principio, ajudará no controle da inflação, principalmente, dos combustíveis, que recorrentemente está aumentando no mercado internacional, devido a crise instalada na fronteira russa, onde o dólar ameniza a perspectiva de elevação do preço da gasolina”, concluiu.
Cotação
É a primeira vez que a cotação da moeda vai abaixo de R$ 5 desde 2 de julho de 2021, quando chegou a R$ 4,9881 durante os negócios. Já a última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 5 foi em 29 de junho do ano passado (R$ 4,9210).
Na terça-feira, 22, o dólar fechou em queda de 1,09%, a R$ 5,0511 – menor cotação desde 1º de julho de 2021 (R$ 5,0448). Com o resultado, passou a acumular queda de 4,79% no mês e de 9,39% no ano.
Rússia x Ucrânia
O cenário de guerra que se desenha na Europa, na região entre Rússia e Ucrânia, ainda não é determinante na cotação do dólar no Brasil.
Os desdobramentos dos próximos dias podem ser decisivos quando se avalia a valorização da moeda americana nos mercados.
Por enquanto, a Rússia continua realizando movimentos militares que favorecem possível invasão ao território ucraniano.
As sanções de outros países contra os russos já começaram e tudo indica que devem continuar.
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