Após os governadores decidirem prorrogar por mais 90 dias o congelamento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS), que incide sobre a gasolina, etanol e gás de cozinha, o presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Décio Padilha, se pronunciou nesta quinta-feira, 24, sobre a decisão.
– Envie esta notícia no seu Whatsapp
– Envie esta notícia no seu Telegram
Padilha disse que os Estados devem perder R$ 14 bilhões em arrecadação com o congelamento do ICMS para combustíveis.
Mais cedo, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) fixou em R$ 1,0060 a alíquota de ICMS para o óleo diesel S10.
_______________________________
RELACIONADAS
+ Governadores decidem prorrogar congelamento do ICMS sobre combustíveis por mais 90 dias
+ Procon-AM autua 13 postos de gasolina que registraram aumento suspeito no valor dos combustíveis
+ Preços da gasolina, diesel e gás de cozinha são reajustados pela Petrobras
_______________________________
Para Padilha, os Estados têm perdido receitas decorrentes da arrecadação de impostos.
“Em média, 70% das receitas dos Estados decorrem da arrecadação do ICMS. Em média, 20% da arrecadação dos Estados com ICMS decorrem da tributação de combustíveis. Os Estados têm sido prejudicados sistematicamente”, disse ele.
Padilha ainda afirmou que os estados estão sofrendo com o congelamento do ICMS de combustíveis por cinco meses e serão afetados por mais de 12 meses com o congelamento do tributo para o diesel.
“Os Estados ficarão sem ajuste na tributação do ICMS do diesel por 17 meses. A redução do IPI vai tirar outros R$ 12 bilhões de Estados e municípios”, afirmou.
A criação de um fundo de equalização para combustíveis, que está em debate no Congresso Nacional, deveria ser criado para amortecer os aumentos nos preços dos combustíveis, conclui Padilha.
_________________________________________
ACESSE TAMBÉM MAIS LIDAS