O Ministério da Economia anunciou nesta sexta-feira, 20, um bloqueio adicional de gastos de R$ 8,2 bilhões no orçamento de 2022.
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Com a medida, segundo a pasta, reduzirá ainda mais as verbas destinadas aos demais Ministérios.
A decisão foi divulgada por meio do relatório de receitas e despesas do orçamento de 2022.
A interferência do governo na economia tem por objetivo cumprir a regra do teto de gastos, pela qual a maior parte das despesas não pode subir acima da inflação do ano anterior.
O bloqueio se fez necessário porque houve aumento da estimativa de gastos obrigatórios.
Veja os gastos obrigatórios
Houve crescimento de R$ 4,8 bilhões para o pagamento de sentenças judiciais, de R$ 2 bilhões com o Proagro e de R$ 2,3 bilhão com o plano Safra, entre outros.
Também houve redução de algumas despesas, em R$ 900 milhões, o que fez o bloqueio ficar em R$ 8,2 bilhões.
Áreas a definir
As áreas das restrições ainda serão detalhadas pelo Ministério da Economia.
As mesas também constarão em um decreto presidencial, a ser editado até o fim do mês.
Especialista
Segundo o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, o bloqueio deve ser realizado nas despesas discricionárias.
Tais despesas, segundo Esteves, incidem no custeio e investimento dos ministérios ou em emendas de comissão ou de relator.
Ele afirma ainda que o orçamento de nenhum ministério será “estrangulado”.
Bloqueios
Esse é o segundo bloqueio no orçamento de 2022.
O primeiro, realizado em março deste ano, foi de R$ 1,72 bilhão e contemplou as emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”.
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