Uma imagem de um supermercado em São Paulo viralizou nas redes sociais e revoltou os internautas: uma bandeja de pele de frango vendida a R$ 2,99.
Consumidores alegaram que é a crise econômica do país que está provocando miséria.
Em entrevista ao Uol, o diretor executivo do Procon-SP, Guilherme Farid, afirmou que a venda não fere o código do consumidor, desde que seguidas as regras sanitárias.
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Mas afirma que, como o produto sempre foi considerado um descarte, ele deveria ser doado e não vendido.
“Sob a perspectiva do direito do consumidor, a empresa tem liberdade para vender o que quiser dentro da sua categoria. Então, em tese, pode vender só a pele de frango”, disse.
Farid disse ainda que apesar de não ser ilegal a venda, é preciso seguir algumas recomendações
“Primeiro é preciso observar se a pele, daquele modo que está sendo vendida, atende aos requisitos sanitários, se tem um tratamento adequado, o manejo, armazenagem, temperatura correta para evitar riscos à saúde, mas isso cabe à vigilância sanitária avaliar se as regras estão sendo cumpridas”.
Ele observa ainda que casos como esse levantam um debate sobre a situação degradante do consumo de alguns produtos.
“Superada a questão técnica sanitária, chega a ser aviltante e desnecessário agir deste modo em busca do lucro até o último centavo. Não tem como fechar os olhos para essa situação no momento que o país atravessa. O recomendável é que o estabelecimento faça a doação, ao invés da venda do produto nessas condições”, conclui.
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