Somente 13,3% de empresas no AM conseguem sobreviver após 10 anos da abertura dos negócios. Foi o que ocorreu no período entre 2010 e 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A informação está presente na Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2020 divulgada na quarta-feira (26).

O estudo da demografia das empresas permite analisar a dinâmica demográfica dessas entidades por meio de seus eventos, a mobilidade por porte, estatísticas relativas às empresas de alto crescimento e às empresas gazelas, além de indicadores referentes às unidades locais, que incluem movimentos de entrada, saída e sobrevivência.

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O percentual é o segundo mais baixo entre todas os estados do Brasil.

Na Região Norte, a taxa de sobrevivência de unidades em endereços locais em dez anos foi de 16,8%.

Após apenas um ano de existência, por exemplo, 62,3% das unidades locais sobreviveram no Amazonas, também o segundo menor índice entre as unidades federativas.

Só pouco mais de 13% de empresas do AM conseguem sobreviver após 10 anos - Imagem: Reprodução/IBGE
Percentual de empresas do AM que conseguem sobreviver – Imagem: Reprodução/IBGE

Pouco mais de 13% das empresas no AM conseguem sobreviver

Em 2020, havia 37.022 unidades locais de empresas ativas no Amazonas, que representavam 18,1% do total existente na Região Norte, cerca de 204.664.

No estado, essas unidades empregavam 365,7 mil pessoas de forma assalariada, o equivalente a 24,3% do total ocupado assalariado na Região Norte.

Do total de unidades locais ativas, em 2020, 77,5%, cerca de 28.675 eram sobreviventes.

Cerca de 22,5%, ou seja 8.347 correspondiam a entradas, das quais 80,7% referentes a criação dessas empresas foram de 6.735.

As reentradas dessas empresas foram de 19,3%, cerca de 1.612.

As que saíram do mercado totalizaram 6.005 unidades.

Considerando somente Manaus, eram 28.284 unidades locais, em 2020, empregando 339,7 pessoas de forma assalariada.

Salário das empresas no AM

O salário médio mensal pago nas unidades locais de empresas ativas do Estado foi de R$ 2.258, enquanto na Região Norte como um todo, foi de R$ 2.058.

No Amazonas, a seção com maior salário médio mensal pago, em salários mínimos, foi:

  • Indústrias extrativas: 10,7;
  • Eletricidade e gás: 8,6;
  • Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados: 5,6.

Setores de empresas no AM

Em 2020, o setor que mais se destacou foi o setor de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, com 17.539 unidades locais, cerca de 47,4% do total, com 37.022 unidades locais.

O segundo setor que mais se destacou foi o das atividades profissionais, científicas e técnicas, com 2.625 unidades locais (7,1% do total).

O terceiro foi o setor das atividades administrativas e serviços complementares, com 2.359 unidades (6,4% do total), e em quarto foram as indústrias de transformação, com 2.333 unidades (6,3% do total).

Dados do IBGE sobre empresas em 2010 e 2020 no Amazonas - Imagem; Reprodução/IBGE
Dados do IBGE sobre empresas em 2010 e 2020 no Amazonas – Imagem; Reprodução/IBGE

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Taxas de entradas de empresas no AM

As maiores taxas de entrada de unidades locais, em 2020, também foram na seção de comércio, reparação de veículos automotivos e motocicletas, com 4.017 novas unidades, com 48,1% do total de entradas no ano no Amazonas.

A segunda maior taxa de entradas foi a da seção das atividades profissionais, científicas e técnicas com 734 unidades, 8,8% das entradas.

A terceira maior foi a seção das atividades administrativas e serviços complementares com 549, 6,6% das entradas.

Saídas de empresas no AM

Quanto às saídas, da mesma maneira, a seção de comércio, reparação de veículos automotivos e motocicletas, apresentou o maior número de 3.035 saídas, 50,5% do total de saídas no ano no Amazonas.

A segunda maior taxa de saídas foi a da seção das atividades profissionais, científicas e técnicas com 401 unidades, 6,7% das saídas.

Terceira maior, a seção das atividades administrativas e serviços complementares foi de 385 unidades, cerca de 6,4% das saídas.

Empresas no AM de alto crescimento e gazelas

No Amazonas, em 2020, havia 794 unidades locais de empresas de alto crescimento quando apresenta crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano, por um período de três anos e tem 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação.

Essas unidades locais ocupavam 60.256 pessoas de forma assalariada, e pagavam um salário médio de 1,9 salário mínimo.

As empresas gazelas constituem um subconjunto das empresas de alto crescimento, formado pelas entidades mais jovens, situadas na faixa de 3 até 5 anos no ano de referência.

No Amazonas, em 2020, havia 56 unidades locais de empresas gazelas, que ocupavam 2.310 pessoas de forma assalariada. E pagavam, em média, 1,2 salário mínimo por mês.