Os dados de inadimplência das famílias brasileiras, aquelas com contas em atraso, atingiu 29% no final do segundo semestre de 2022.
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O número é o maior já registrado desde 2010, quando teve início a série histórica do levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O índice é medido nas capitais do país.
Inadimplência
Conforme a entidade, o resultado mostra que pouco mais de 4,9 milhões de famílias das capitais tinham alguma conta em atraso ao fim do primeiro semestre deste ano.
O número de inadimplentes indicado é quase 600 mil a mais que em 2021, quando 25,6% estavam inadimplentes.
Dentre as capitais com maior índice de inadimplência, estão Belo Horizonte (43%), Boa Vista (42%) e Porto Alegre (41%).
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Ainda conforme a FecomércioSP, a queda na renda familiar entre 2020 e 2022 é um ponto em comum entre as cidades com maiores taxas de famílias inadimplentes.
Para a Federação, o dado é importante, pois pode explicar parte deste comportamento.
Consoante o levantamento da entidade, ao fim do primeiro semestre deste ano, a renda média das famílias nas capitais brasileiras havia caído 3,9% em comparação ao mesmo período de 2020.
O valor, que era de R$ 8.327, em junho de 2020, passou para R$ 8.031, em junho de 2021, e R$ 8.001, em 2022.
Projeção
A FecomércioSP acredita que as expectativas para os níveis de inadimplência, endividamento e renda tendem a se mostrar menos preocupantes.
O olhar otimista considera o mercado de trabalho aquecido, a retomada da atividade econômica e os números do Produto Interno Bruto (PIB) revisados para cima.
A análise da entidade também observa a inflação – que iniciou um ciclo de queda no semestre, a maior injeção de renda via Auxílio Brasil e o 13º mais robusto em dezembro.