Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 0,8%, em novembro.
O avanço é mais expressivo na comparação com 2021, ficando em 10,9%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25), pela Confederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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Com o resultado, o indicador atingiu 131,9 pontos e é o maior patamar da série histórica, que começou em 2011.
Tanto no comparativo com outubro quanto em relação a novembro de 2021, o destaque foi a avaliação da condição do desempenho atual da economia com a maior pontuação – 109,1 pontos – desde março de 2020, mês que demarcou o início da pandemia.
Segundo a CNC, o fim de ano é, tradicionalmente, um momento de boas expectativas para o varejo.
Em 2022, há outros fatores que contribuem para aumentar a confiança do empresariado do comércio como a Black Friday, Natal e a Copa do Mundo no Catar.
Além do impulso adicional, há a economia atual favorável e a previsão do pagamento da primeira parcela do 13º salário que reforçaram a confiança do empresário.
Pelos cálculos da CNC, a Black Friday deve movimentar R$ 4,2 bilhões no país. Se for confirmado, será o maior faturamento desde 2010.
Já com a Copa do Mundo, o incremento previsto para o varejo é de R$ 1,5 bilhão.
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Contratação no comércio
Entre os comerciantes pesquisados, 85,2% revelaram que vão aumentar a contratação de funcionários neste fim de ano.
O percentual é a maior proporção desde o início da apuração do Icec, em 2011.
Após três meses de queda, o indicador registrou elevação de 0,2% na comparação mensal. Com isso, atingiu o maior nível histórico: 144 pontos.
Conforme as estatísticas da CNC, o Natal deve resultar na contratação de 109,4 mil trabalhadores temporários, o maior volume em nove anos no Brasil.
Deste total, é possível que 11% sejam efetivados no comércio.
Situação geral
A CNC informou, também, que a avaliação dos empresários sobre a situação atual do comércio voltou a melhorar no penúltimo mês do ano, com alta de 2%, após quedas nos três meses anteriores.
Entre os segmentos mais otimistas em novembro estão o de supermercados, o de farmácias e o de lojas de cosméticos, com alta de 4,4% no indicador.
Roupas e calçados
Os mais satisfeitos com o nível de atividade do setor continuam sendo os comerciantes do segmento de vestuário, tecidos e calçados.
Com a sétima alta mensal seguida, o indicador chegou a 120,3 pontos.
Um levantamento especial realizado pela CNC, com 18 mil consumidores em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, mostrou que 36% dos brasileiros pretendem comprar itens relacionados com a Copa.
O aumento reflete em uma alta de 12 pontos percentuais em relação ao Mundial de Futebol de 2018.
Os itens preferidos são os artigos de vestuário temático, indicados por 14,9% dos entrevistados.